No seu horizonte imediato
apenas uma bomba,
uma ameaça à sua vida,
algo que já viveu de facto,
naquela igreja,
naquele dia,
em que tentaram explodir Jesus.
E até explodiram um pouco,
naqueles que O celebravam,
na paz e na alegria,
e que com Ele partiram,
para o Reino do amor eterno,
levados na mesma Cruz,
em que Ele morreu um dia.
Mas não O mataram,
isso não,
como não mataram sequer,
aqueles que com Ele morreram,
porque aqueles que com Ele morrem,
com Ele ressuscitarão.
Mas é Natal,
a vinda do Deus Menino,
e ele quer dedicar-se ao bem,
enquanto outros apenas,
querem dedicar-se ao seu mal.
Dizem-lhe que fuja,
que desista,
que considere a causa perdida,
mas ele sem vacilar,
numa vontade de dentro,
diz forte vencendo o seu medo:
Como posso eu fugir,
como posso eu desistir,
dAquele que me dá a vida?
É que todo o meu horizonte,
não é bomba,
nem sequer bala que mata,
é a certeza que tenho,
tão dentro de mim mesmo,
que o Deus que me criou,
se faz vivo em mim,
por mim,
e se com Ele eu viver,
com Ele hei-de morrer,
e mesmo que os homens não queiram
com Ele hei-de renascer.
Aqui estou,
e aqui fico,
no lugar que me foi dado,
para viver o meu Senhor.
E mesmo que me odeiem,
alguns dos meus irmãos,
por eles eu hei-de pedir,
interceder, suplicar,
ao Céu levantarei as mãos,
numa oração permanente,
por eles,
por mim,
afinal por toda a gente.
E mesmo que os sinos não toquem,
e as portas não se abram,
mesmo que uns tantos me amem,
e outros me queiram mal,
os anjos hão-de cantar,
a paz e a boa vontade,
aos homens,
neste Natal.
Monte Real, 16 de Dezembro de 2010
Pobres versos inspirados na nota de Aura Miguel na RR, em 10 deste mês, intitulada “Natal no Iraque”. (ler aqui http://spedeus.blogspot.com/2010/12/natal-no-iraque.html)
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/12/natal-no-iraque.html
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