Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 19 de março de 2010

«Não temas receber Maria, tua esposa»

Dirigindo-Se a José por meio das palavras do anjo, Deus dirige-Se a ele como sendo esposo da Virgem de Nazaré. Simultaneamente, o que nela se realizou por obra do Espírito Santo manifesta a confirmação especial do vínculo esponsal que já antes existia entre José e Maria. O mensageiro diz claramente a José: «Não temas receber Maria, tua esposa.» Por conseguinte, o que tinha acontecido anteriormente - os seus esponsais com Maria - tinha sucedido por vontade de Deus e, portanto, devia ser conservado. Na sua maternidade divina, Maria há-de continuar a viver «como uma virgem, esposa de um esposo» (cf. Lc 1, 27).

Nas palavras da «anunciação» nocturna, José não escuta apenas a verdade divina acerca da inefável vocação da sua esposa, ouve também novamente a verdade acerca da sua própria vocação. Este homem «justo» que, segundo o espírito das mais nobres tradições do povo eleito, amava a Virgem de Nazaré e a Ela se encontrava ligado por amor esponsal, é novamente chamado por Deus para este amor.

«José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa»; «O que Ela concebeu é obra do Espírito Santo». À vista de tais expressões, não se imporá porventura concluir que também o seu amor de homem tinha sido regenerado pelo Espírito Santo? Não se deverá pensar que o amor de Deus, que foi derramado no coração humano pelo Espírito Santo (cf. Rom 5, 5), forma do modo mais perfeito todo o amor humano? Este amor de Deus forma também - e de maneira absolutamente singular - o amor esponsal dos cônjuges, aprofundando nele tudo o que tem de humanamente digno e belo e as características da exclusiva entrega, da aliança das pessoas e da comunhão autêntica, a exemplo do Mistério trinitário.


(Redemptoris Custos, 18-19 – João Paulo II)

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