No Iraque, a violência anti-cristã não pára de crescer. Esta perseguição religiosa agravou-se desde que os Estados Unidos invadiram o Iraque, em 2003.
Barak Obama bem pode apregoar pelo mundo os valores da democracia, mas, no terreno, a situação está incontrolável. “Grupos armados fundamentalistas entram em bairros onde vivem os cristãos e matam indiscriminadamente os que se atravessam no seu caminho”, disse há dias um bispo caldeu.
A Al-Qaeda declarou os cristãos um alvo a abater e uma das acções mais terríveis foi executada, há pouco mais de 15 dias, durante a missa de domingo, na catedral siro-católica de Bagdad. O massacre causou 53 mortos e 60 feridos.
Ontem mesmo, aos microfones da Renascença, o arcebispo siro-católico, cuja catedral foi atacada, referiu-se ao medo com que muitos cristãos encaram o futuro, mas – ao mesmo tempo – deu-nos uma lição incrível de esperança, ao dizer que rezam e que, na altura, fizeram três dias de jejum para implorar a Deus força e paciência para permanecerem lá, onde nasceram, fiéis a Cristo.
Os bispos locais – e o próprio Papa – lançam sucessivos apelos aos responsáveis do mundo para pôr fim à violência. E este arcebispo, em concreto aos portugueses, pede orações.
Mesmo que as potências mundiais e os campeões da democracia pareçam surdos a estes apelos, os cristãos do Iraque merecem as nossas orações.
Aura Miguel
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