Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Católicos e ortodoxos analisam o primado do Papa

A Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa continua a dar passos. Na última sessão, realizada em Viena de 20 a 27 de Setembro, teólogos católicos e ortodoxos estudaram a função que tinha o bispo de Roma na comunhão da Igreja durante o primeiro milénio, antes da separação.

Comissão mista é um foro onde católicos e ortodoxos procuram aproximar posições em questões de fé. O diálogo esteve parado durante alguns anos, e foi reatado em 2006, com colóquios em Belgrado (2006), Ravena (2007) e Chipre (2009). A reunião de Viena retomou o tema do anterior encontro, que teve lugar em Chipre: o primado do Papa.

Já na reunião de Ravena, a comissão aprovou um documento de trabalho em que se reconhecia que Roma, enquanto Igreja que preside na caridade, ocupava o primeiro lugar na Igreja universal e que "o bispo de Roma é portanto o ‘protos' entre os patriarcas" (‘protos' é uma palavra grega que significa primeiro). Os desacordos entre católicos e ortodoxos referem-se às prerrogativas do bispo de Roma na sua primazia.

As sessões de Viena decorreram num clima de cordialidade. "Não há sombras de desconfiança entre as nossas Igrejas. Se continuarmos assim, Deus encontrará a forma de superarmos as diferenças que ainda persistem", declarou na entrevista o metropolita ortodoxo Juan Zizioulas de Pérgamo.

Pela parte católica compareceu o arcebispo Kurt Koch, novo presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos."Estamos a estudar como viveram ambas as Igrejas no primeiro milénio e como podemos encontrar hoje um novo caminho comum", explicou.

Na audiência geral de 22 de Setembro, o Papa animou a "rezar intensamente pelos trabalhos da Comissão e por um contínuo desenvolvimento e fortalecimento da paz entre os baptizados, para que possamos dar ao mundo um testemunho evangélico cada vez mais autêntico".

Boa parte das sessões da Comissão girou em torno da discussão de um documento de trabalho conjunto. O documento de trabalho inicial - que não convence totalmente os representantes católicos - foi redigido no encontro de Chipre.

Apesar da boa vontade das duas partes, dá a impressão que ainda faltam muitas horas de diálogo para que se chegue à redacção definitiva do documento. À Comissão assistiram representantes de todas as Igrejas Ortodoxas, excepto a da Bulgária.

A preparação do concílio ortodoxo

A evolução do diálogo entre católicos e ortodoxos pode depender também da realização de um velho projecto da Igreja ortodoxa: o grande concílio pan-ortodoxo que reuniria todas as Igrejas surgidas do Cisma do Oriente em 1054. Este projecto foi anunciado já muitas vezes, mas nunca se concretizou.

Agora o patriarca ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, anunciou que a preparação do concílio "chegara ao fim". O concílio poderia ser convocado para 2012.

Os principais temas do concílio teriam que ver com a própria organização da Igreja ortodoxa: o primado de honra do Patriarca de Constantinopla, os critérios de independência e de autonomia das Igrejas, a hierarquia entre os patriarcas, a organização da diáspora (fiéis ortodoxos que vivem na Europa e nos Estados Unidos)... O atendimento dos fiéis da diáspora, ao pertencerem a diferentes igreja ortodoxas de origem, dá lugar a justaposições e complicações administrativas. Por exemplo, em Paris há seis bispos ortodoxos de seis jurisdições diferentes.

Nos últimos anos têm-se renovado os lugares principais das Igrejas ortodoxas, com a eleição de novos primazes em Chipre, Roménia, Atenas, Moscovo e Sérvia, apresentados como personalidades mais abertas.

Aceprensa

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