Como é habitual, o Papa comentou brevemente o Evangelho do dia, a parábola do homem rico e do pobre Lázaro. “O primeiro vive no luxo e no egoísmo, e quando morre acaba no inferno. Pelo contrário o pobre, que sobrevive com os restos da mesa do rico, ao morrer é levado pelos anjos à eterna morada de Deus e dos santos”.
“Esta parábola diz-nos duas coisas: primeira, que Deus ama os pobres e os ergue da sua humilhação; segundo, que o nosso destino eterno está condicionado pelo nosso comportamento. Cabe-nos a nós seguir o caminho que Deus nos mostrou para chegar à vida: o amor, não entendido como sentimento, mas como serviço aos outros, na caridade de Cristo”.
Por feliz coincidência – observou o Papa – nesta segunda-feira, 27 de Setembro, celebra-se a memória litúrgica de São Vicente de Paulo, patrono das organizações caritativas católicas, falecido há 350 anos. “Na França do século XVII, ele tocou com a mão precisamente o forte contraste entre os mais ricos e os mais pobres. Como padre, teve ocasião de frequentar tanto os meios aristocráticos, como as zonas do campo e mesmo os tugúrios de miséria de Paris.
“Impulsionado pelo amor de Cristo, Vicente de Paulo soube organizar formas estáveis de serviço às pessoas marginalizadas, dando vida às chamadas Charitées – as Caridades, isto é, grupos de mulheres que colocavam o seu tempo e os seus bens à disposição dos mais indigentes”.
De entre estas voluntárias (lembrou ainda o Papa), algumas optaram por consagrar-se totalmente a Deus e aos pobres. Foi assim que, com santa Luísa de Marillac, são Vicente fundou as “Filhas da Caridade”, primeira congregação feminina a viver a consagração “no mundo”, no meio das pessoas, com os doentes e os necessitados.
“Caros amigos, só o Amor, com A maiúscula, dá a verdadeira felicidade! Demonstra-o também uma outra testemunha, uma jovem que ontem foi proclamada Beata aqui em Roma. Falo de Chiara Badano, uma rapariga italiana nascida em 1971, que uma doença levou à morte com pouco menos de 19 anos, mas que foi para todos como que um raio de luz, como diz o seu apelido “Chiara Luce” (Clara Luz)”.
Estão hoje em festa a sua paróquia e a sua diocese (no Piemonte) como também o Movimento dos Focolares, a que pertencia. “É uma festa para todos os jovens, que nela podem encontrar um exemplo de coerência cristã.
“Demos graças a Deus, porque o seu amor é mais forte do que o mal e a morte. E agradeçamos à Virgem Maria, que conduz os jovens, mesmo através das dificuldades e sofrimentos, a enamorarem-se de Jesus e a descobrirem a beleza da vida”.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
Sem comentários:
Enviar um comentário