Entre os presentes, um pequeno grupo de fiéis da Missão Católica Portuguesa da capital inglesa.
O Papa foi acolhido no local por D. Vincent Gerard Nichols, Arcebispo de Westminster, o coração católico de Londres.
D. Vincent Nichols manifestou a “gratidão” de todos os presentes pela visita e manifestação “lealdade” e “devoção” pela figura do Papa.
O doloroso tema do abuso de crianças da parte de membros do clero foi expressamente enfrentado pelo Papa na homilia desta Missa, com os católicos britânicos, na catedral de Westminster. Bento XVI iniciou a sua reflexão partindo do facto de esta se encontrar dedicada ao Preciosíssimo Sangue, “sinal da misericórdia redentora de Deus derramada no mundo mediante a paixão, morte e ressurreição do seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo”. Quem entra neste edifício religioso – observou – fica impressionado com “o grande crucifixo que domina a nave, representando o corpo de Cristo esmagado pelo sofrimento, subjugado pela dor, vítima inocente cuja morte nos reconciliou com o Pai. Os braços abertos do Senhor parecem abraçar toda esta igreja, elevando para o Pai a assembleia dos fiéis congregado à volta do altar do sacrifício”.
O sangue de Cristo derramado na sua paixão e que brota do seu coração trespassado é “o manancial da vida da Igreja”, como sublinha o evangelista João. Através do seu sofrimento e morte – como recorda a Carta aos Hebreus – Jesus é “o mediador de uma nova aliança” no seu sangue, como a Igreja celebra no sacrifício eucarístico.
“A realidade do sacrifício Eucarístico sempre esteve no coração da fé católica. Posto em causa no séc. XVI, foi solenemente reafirmada no Concílio de Trento, no contexto da nossa justificação em Cristo. Aqui na Inglaterra… muitos defenderam incansavelmente a Missa, muitas vezes a caro preço, dando vida àquela devoção à Santíssima Eucaristia que tem sido uma característica do catolicismo nestas terras”.
“O sacrifício Eucarístico do Corpo e Sangue de Cristo compreende por sua vez o mistério da paixão de nosso Senhor que continua em cada época nos membros do seu Corpo místico, a Igreja. O grande crucifixo que aqui nos domina – observou o Papa – recorda-nos que Cristo, nosso eterno sumo sacerdote, une quotidianamente os nossos sacrifícios, os nossos sofrimentos, as nossas necessidades, esperanças e aspirações aos infinitos méritos do seu sacrifício”.
Neste contexto, Bento XVI referiu “os mártires de todos os tempos”, assim como aqueles “irmãos e irmãs que ainda hoje sofrem discriminações e perseguições pela sua fé cristã”, e ainda todos os que unem quotidianamente os seus sofrimentos aos de Cristo, como os doentes, idosos, deficientes e todos os que sofrem na mente e no espírito”.
E foi aqui que o Papa referiu expressamente os menores vítimas de abusos:
“Aqui penso também nos imensos sofrimentos causados pelo abuso de crianças, especialmente na Igreja e da parte dos seus ministros . Exprimo o meu profundo pesar sobretudo às vítimas inocentes destes crimes inclassificáveis, juntamente com a esperança de que o poder da graça de Cristo, o seu sacrifício de reconciliação, dará às suas vidas profunda paz e cura.
Reconheço também, convosco, a vergonha e humilhação que todos temos sofrido por causa destes pecados. Convido-vos a oferecê-las ao Senhor, confiando que este castigo contribuirá para a cura das vítimas, para a purificação da Igreja e para a renovação da sua secular tarefa de formação e cuidado dos jovens. Exprimo a minha gratidão pelos esforços feitos para enfrentar este problema responsavelmente, e peço a todos vós que mostreis a vossa solicitude pelas vítimas e solidariedade para com os vossos sacerdotes”.
Na parte final da homilia, ao exortar os fiéis a assumirem todas as responsabilidades do compromisso baptismal, participando na missão de Cristo, o Papa referiu expressamente “as intuições e os ensinamentos” de John Henry Newman:
“Possam as profundas ideias deste grande inglês continuar a inspirar todos os discípulos de Cristo nesta terra a conformarem-se com ele em todos os seus pensamentos, palavras e acções, actuando incansavelmente para defender aquelas imutáveis verdades morais que, retomadas, iluminadas e confirmadas pelo Evangelho, estão na base de uma sociedade verdadeiramente humana, justa e livre”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
O sangue de Cristo derramado na sua paixão e que brota do seu coração trespassado é “o manancial da vida da Igreja”, como sublinha o evangelista João. Através do seu sofrimento e morte – como recorda a Carta aos Hebreus – Jesus é “o mediador de uma nova aliança” no seu sangue, como a Igreja celebra no sacrifício eucarístico.
“A realidade do sacrifício Eucarístico sempre esteve no coração da fé católica. Posto em causa no séc. XVI, foi solenemente reafirmada no Concílio de Trento, no contexto da nossa justificação em Cristo. Aqui na Inglaterra… muitos defenderam incansavelmente a Missa, muitas vezes a caro preço, dando vida àquela devoção à Santíssima Eucaristia que tem sido uma característica do catolicismo nestas terras”.
“O sacrifício Eucarístico do Corpo e Sangue de Cristo compreende por sua vez o mistério da paixão de nosso Senhor que continua em cada época nos membros do seu Corpo místico, a Igreja. O grande crucifixo que aqui nos domina – observou o Papa – recorda-nos que Cristo, nosso eterno sumo sacerdote, une quotidianamente os nossos sacrifícios, os nossos sofrimentos, as nossas necessidades, esperanças e aspirações aos infinitos méritos do seu sacrifício”.
Neste contexto, Bento XVI referiu “os mártires de todos os tempos”, assim como aqueles “irmãos e irmãs que ainda hoje sofrem discriminações e perseguições pela sua fé cristã”, e ainda todos os que unem quotidianamente os seus sofrimentos aos de Cristo, como os doentes, idosos, deficientes e todos os que sofrem na mente e no espírito”.
E foi aqui que o Papa referiu expressamente os menores vítimas de abusos:
“Aqui penso também nos imensos sofrimentos causados pelo abuso de crianças, especialmente na Igreja e da parte dos seus ministros . Exprimo o meu profundo pesar sobretudo às vítimas inocentes destes crimes inclassificáveis, juntamente com a esperança de que o poder da graça de Cristo, o seu sacrifício de reconciliação, dará às suas vidas profunda paz e cura.
Reconheço também, convosco, a vergonha e humilhação que todos temos sofrido por causa destes pecados. Convido-vos a oferecê-las ao Senhor, confiando que este castigo contribuirá para a cura das vítimas, para a purificação da Igreja e para a renovação da sua secular tarefa de formação e cuidado dos jovens. Exprimo a minha gratidão pelos esforços feitos para enfrentar este problema responsavelmente, e peço a todos vós que mostreis a vossa solicitude pelas vítimas e solidariedade para com os vossos sacerdotes”.
Na parte final da homilia, ao exortar os fiéis a assumirem todas as responsabilidades do compromisso baptismal, participando na missão de Cristo, o Papa referiu expressamente “as intuições e os ensinamentos” de John Henry Newman:
“Possam as profundas ideias deste grande inglês continuar a inspirar todos os discípulos de Cristo nesta terra a conformarem-se com ele em todos os seus pensamentos, palavras e acções, actuando incansavelmente para defender aquelas imutáveis verdades morais que, retomadas, iluminadas e confirmadas pelo Evangelho, estão na base de uma sociedade verdadeiramente humana, justa e livre”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
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