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quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Martírio cristão, acto supremo de amor. A solidariedade do Papa com as vitimas das cheias, na audiência geral, em Castelgandolfo
Vídeo em espanhol
“O martírio é um grande acto de amor e uma resposta ao imenso amor de Deus”: palavras do Papa na audiência geral desta quarta-feira, no pátio interior da residência de Castelgandolfo. Bento XVi comentava assim as figuras de alguns santos, na maioria mártires de que a liturgia faz memória nestes dias: São Lourenço, o Papa São Ponciano, Santa Teresa Benta da Cruz (Edith Stein) e São Maximiliano Kolbe, estes últimos ambos mortos no campo de extermínio nazista de Auschwitz.
“O mártir é uma pessoa absolutamente livre que num único acto definitivo dá a Deus toda a sua vida, num supremo acto de fé, de esperança, de caridade, que se abandona nas mãos do Criador e do Redentor, sacrifica a própria vida para ser associado de modo total ao sacrifício de amor consumado na cruz para que nós pudéssemos ter a vida”.
E o Papa concluiu a sua catequese (na presença, entre outros, do cardeal arcebispo emérito de Hong-Kong), observando que “nós aqui, provavelmente não somo s chamados ao martírio, mas nenhum de nós está excluído da chamada de Deus à santidade”. O que significa “tomar em cada dia a sua cruz”.
“Sobretudo neste tempo em que parecem prevalecer egoísmo e individualismo, devemos assumir como primeiro e fundamental o empenho de crescer cada dia num amor cada vez maior a Deus e aos irmãos, transformando a nossa própria vida e transformando assim o nosso mundo”.
De entre as saudações ao diferentes grupos presentes, não faltou uma em língua portuguesa:
“Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos, nomeadamente para os grupos vindos do Brasil e para os fiéis portugueses da diocese do Porto. Cristo chama todos os baptizados à santidade. Que o exemplo e a intercessão dos mártires vos ajude a assumir o empenho de crescer a cada dia no amor a Deus e aos irmãos para que assim possais transformar o mundo! Que Deus abençoe a vós e as vossas famílias”.
No final da audiência, Bento XVI referiu-se ainda às populações atingidas pelos devastadores aluviões destes dias na Polónia e noutros países, invocando socorros eficazes e ajudas económicas concretas. “Uno-me espiritualmente àqueles que nos últimos dias sofreram por causa das inundações” – declarou o Papa, na saudação em polaco. “Peço a Deus (acrescentou ainda) que nos dê forças para suportar as adversidades e estímulos os corações dos homens de boa vontade a uma ajuda generosa e eficaz”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
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