O sacerdote espanhol doutorado em Física, Pe. Manuel Carreira, explica numa entrevista alguns detalhes do caso de Galileu Galilei que alguns utilizam como uma espécie de "arma" quando a Igreja tenta aproximar-se do mundo da ciência. Sobre este cientista assinala que "era católico, não passou um minuto na prisão, ninguém lhe tocou num fio do seu cabelo nem o excomungou. Além de haver morrido professando sua fé, assistido por uma filha religiosa, e com a bênção papal".
O Pe. Carreira, que estará em Lima, no Peru, participando do 2° Congresso sobre o Santo Sudário de Turim, disse na entrevista publicada no jornal peruano ‘El Comercio’ que na época de Galileu "não havia realmente física nem provas de que a Terra se movesse (a prova experimental só foi anunciada em 1838). As suas supostas provas eram inválidas e outros astrónomos rejeitaram-nas".
Este perito físico indica ainda que a ideia correcta de Galileu era que "a Bíblia não ensina ciência e queria que os teólogos mudassem a interpretação do texto segundo sua teoria. Os teólogos equivocavam-se em pensar que a Bíblia ensinava astronomia, mas estavam certos ao dizer que enquanto não houvesse provas, Galileu devia apresentar suas ideias como teorias e não pedir-lhes mudanças de opinião".
"Em ambos os casos – precisa o sacerdote – excedia-se o campo próprio para ir ao do alheio. Nós aprendemos a lição e deve haver mútuo respeito".
O também membro do Observatório Astronómico Vaticano refere-se de seguida à teoria do desenho inteligente da criação do mundo, tema sobre o qual deu muitas conferências. Ele assinala que "a ciência é limitada: teve que aceitar que o universo não é eterno, começou em um estado de alta densidade e temperatura (o big Bang) para o qual há provas experimentais: encontramos as cinzas e o resplendor daquela fogueira. Mas não pode dizer ‘por que há algo ao invés de nada’ (Wheeler). Falar da passagem do nada a algo é o conceito de criação que a ciência não pode manusear: é preciso um Criador não material".
Perante isto, ressalta, "a filosofia responde, de acordo com a teologia. Mas os detalhes do começo não os revela a fé nem devem ser retirados do Génesis, que é uma parábola de conteúdo filosófico, não um texto de astronomia".
"Negar o começo é anti-científico e dizer que o universo existe ‘porque sim’ é ridículo e pueril", conclui o perito que será um dos apresentadores do II Congresso Internacional sobre o Santo Sudário que se realizará entre 31 de Agosto e 2 de Setembro na capital peruana.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)
Nota na sua simplicidade e ignorância de JPR: o universo existe porque Deus o criou e isso para mim é suficiente, desculpem o desabafo deste pobre ‘zé ninguém’!
1 comentário:
Pois... JPR, estamos um bocadinho saturados que Padres filósofos e especialistas em diversas matérias, não apliquem mais a sua vocação de sacerdotes em conduzir o povo de Deus de modo simples, coerente com a doutrina e rigoroso na obediência ao Magistério.
Foi para tal que Deus os terá chamado o resto, sendo muito bom, é para pôr ao serviço da vocação.
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