Qual a “validade” deste juramento? Depois de o assinarem, aos MBAs é pedido que escrevam uma declaração sobre o significado do juramento, sendo encorajados a escolherem “parceiros de responsabilização” nos quais podem confiar para pedir ajuda e suporte. Ao articularem publicamente um conjunto de crenças e princípios, os subscritores do juramento exercitam os seus “músculos éticos” face a situações de adversidade e são encorajados a revisitar e a actualizar as declarações. Um outro propósito deste juramento é que possa servir como plataforma de envolvimento para todos os que, de uma forma ou outra, têm responsabilidades nas empresas e que permitam alinhar o seu comportamento mediante os princípios propostos. Obviamente que um mero juramento ou a assinatura de um código de honra não pode alterar ou mandatar acções.
Contudo, é um importantíssimo primeiro passo no sentido de uma liderança ética e de como os princípios certos podem conduzir às acções adequadas. E, ao contrário do que se pode julgar, os alunos que estão a tirar o seu MBA e que foram testemunhas, em directo, da crise de valores e de falta de ética e responsabilidade social por parte das empresas estão muito mais despertos para estas questões. Ou seja, ter um diploma de um MBA já não significa somente a rampa para a ambição e para o carreirismo. Aqueles que, actualmente, estão a tirar os seus cursos na área da gestão, estão muito mais preocupados com a forma como as empresas afectam a comunidade, as vidas dos seus trabalhadores e o ambiente. Seguem-se as premissas do MBA Oath e que os gestores portugueses fiquem entusiasmados com um possível novo caminho.
Enquanto líder de negócios reconheço o papel que desempenho na sociedade.
• O meu propósito é liderar pessoas e gerir recursos para criar valor que nenhum indivíduo consiga criar no singular.
• As minhas decisões afectam o bem-estar dos indivíduos no interior e exterior da minha empresa, hoje e amanhã.
Assim, prometo que:
1. Irei gerar a minha empresa com lealdade e cuidado e não favorecerei os meus interesses pessoais às custas da empresa ou da sociedade.
2. Vou perceber e cumprir, em letra e espírito, as leis e contratos que governam a minha conduta e a da minha organização.
3. Privar-me-ei da corrupção, da concorrência injusta ou de práticas de negócios que prejudiquem a sociedade.
4. Protegerei os direitos humanos e a dignidade de todas as pessoas afectadas pela minha organização e opor-me-ei à discriminação e exploração.
5. Protegerei o direito das gerações futuras de melhorarem o seu nível de vida e desfrutarem de um planeta saudável.
6. Irei reportar a performance e os riscos da minha organização de forma exacta e honesta.
7. Investirei no meu desenvolvimento e no dos outros, contribuindo para que a profissão de gestor continue a melhorar e a criar uma prosperidade inclusiva e sustentável.
No exercício dos meus deveres profissionais e de acordo com estes princípios, reconheço que o meu comportamento deverá constituir um exemplo de integridade, desencadeando confiança e estima da parte daqueles que sirvo. Serei responsável, no que respeita aos meus pares e à sociedade, pelos meus actos e pela manutenção destes princípios.
Fonte: The MBA Oath (tradução livre)
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