Santa Clara (1193-1252), monja franciscana
1ª carta a Inês de Praga, §§15-23 (a partir da trad. Vorreux rev.; cf. SC 325)
«Mestre, seguir-Te-ei para onde quer que fores»
Bem aventurada a pobreza, que prodigaliza riquezas eternas aos que a amam e abraçam! Santa pobreza – aos que a possuem e desejam, Deus promete certamente o Reino dos céus e dá a glória eterna e uma vida feliz. Querida pobreza, que o Senhor Jesus Cristo preferiu a qualquer outra coisa, Ele que reinava e que reina sobre o céu e a terra, «Ele disse e tudo foi feito» (Sl 32, 9). Efectivamente, Ele disse: «As raposas têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos, mas o Filho do Homem [ou seja, Cristo] não tem onde reclinar a cabeça.» Por fim, quando reclinou a Sua cabeça [sobre a cruz], entregou o espírito (Jo 19, 30).
Dado que tão grande Senhor quis descer ao seio da Virgem, dado que quis aparecer ao mundo desprezado, indigente e pobre para que os homens, indigentes, pobres e esfomeados de alimento celestial, com Ele se tornassem ricos entrando na posse do Reino dos céus, exultai de alegria. Congratulai-vos com grande felicidade e alegria espiritual. Se preferis o despeito às honras, e a pobreza às riquezas deste mundo, se confiais os vossos tesouros não à terra mas ao céu, «onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam» (Mt 6, 20), «grande será a vossa recompensa no Céu» (Mt 5, 12).
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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