Parecer-vos-á demasiada presunção um título tão assertivo, mas o meu voto já o perdeu e permito-me presumir que o de muitos mais portugueses também.
Em 2006 ganhou à primeira volta com uma margem mínima acima dos 50%, pelo que desta vez também se deverá admitir que perdendo alguns milhares de votos estes possam corresponder a essa mesma pequena diferença, pelo que a probabilidade de haver segunda volta é elevada.
Á! Mas se tal acontecer, a culpa é das pessoas que não votaram nele e optaram ou por outros candidatos, ou pelo voto em branco ou nulo ou ainda pela abstenção.
NÃO, a culpa será inteiramento do candidato que no exercício das suas funções optou pelas leis dos mercados financeiros em detrimento dos valores da fé e da família que afirma professar, coberto pelo argumento falso e demagógico da defesa do superior interesse da nação, se não reparem, que logo a seguir à promulgação da «così detta» lei do “casamento” homossexual , numa atitude provocatória e de tentativa de desviar a atenção dos portugueses, voltaram a colocar em debate na AR a lei sobre as uniões de facto, fazendo cair por base o principal argumento evocado.
Na nossa história, já longa de quase nove séculos, sobrevivemos a muitas crises e não seria por o PR, em acto de consciência coerente vetar uma lei e eventualmente se demitir mais tarde para a não assinar, que o país iria mais fundo do que já se encontra.
A verdade vem sempre à tona e toda a carreira do actual PR foi feita de pequenas traições, lembremo-nos apenas de duas situações, do desmentido a Fernando Nogueira a poucas semanas das legislativas e da pseudo demissão de um membro da sua casa civil em plena campanha eleitoral de 2009 retirando à candidata da oposição, quando esta se encontrava empatada nas sondagens, o tapete no que ao comportamento não democrático do governo dizia respeito.
Lembremo-nos ainda da sua enorme falta de cortesia para com a hierarquia da Igreja portuguesa, quando se tratou do anúncio da visita do Santo Padre, antecipando-se com o único objectivo de tirar dividendos políticos de uma visita, que como ficou demonstrado à saciedade, foi eminentemente pastoral, mas lá conseguiu ao abrigo do protocolo e da bondade de Bento XVI umas fotografias com a família para mais tarde recordar ou usar em campanha eleitoral.
Permito-me deixar-vos um apelo, não se deixem intimidar por falsos argumentos e chantagens emocionais sobre a estabilidade, porque mais podres do que já nos encontramos é difícil. Obrigado!
JPR
5 comentários:
Como já afirmei no Facebook na sua página, estou inteiramente de acordo consigo.
Cavaco Silva nunca mais terá o meu voto!
Porque se não é para defender aquilo em que diz acreditar, aquilo que eu faço da minha vida uma luta para acreditar e viver, tanto me faz que esteja lá ele como outro qualquer.
Um abraço amigo em Cristo nossa sempre eterna esperança
concordo. podia ter sempre vetado, mesmo sabendo que seria novamente aprovado, mas ficava o gesto de Homem e o exemplo para toda uma nação. o que ele fez foi um gesto de indiferença e cobardia. de qualquer forma também não percebo muito bem o que tem a ver a lei que ele deixou passar com a crise económica. o meu voto também perdeu.
Bom texto! optimo blog! juntos em oraçao pelo nosso país!
Pois... A primeira coisa que me veio à cabeça foi isso mesmo... o homem é um vendido, está mais agarrado ao tacho que à honra, não tinha promulgado, se fosse preciso demitia-se e voltava em força mais tarde. Nessa altura todos nós os que ficámos chocados com esta promulgação, votaríamos nele e o homem ganharia nas calmas...O problema é o pare, escute e olhe...E agora com a precipitação das palavras vamos ter que esclher entre ele, o desertor alegre, ou o voto em branco que vai dar ao mesmo alegre...Não conheço o autor deste blogue nem isso vem para o caso, apareceu-me reencaminhado, talvez por algum dos meus irmãos mais dados a estas coisas,mas sempre lhe digo que sou um católico praticante com mais de 6 décadas de existência,não sou de 8 nem de 80, tenho dias piores e outros melhores. Quando era mais novo era radical, hoje em dia acho que sou anarca de direita se é que isso é alguma coisa...Agora o meu problema é este: não voto no cavaco?! e elejo o alegre...voto em branco...e elejo o alegre...De repente lembrei-me do cunhal quando disse aos comunas para taparem a fotografia com a mão, mas para porem a cruzinha no soares...é por isso, que a Igreja, que já por cá anda há dois mil anos, já devia saber que não se deve nunca dizer nunca...Eu, pela parte que me toca, dou comigo pela primeira vez na vida, a seguir um conselho do cunhal...porque, meu caro senhor, o anibal ainda se pode arrepender mas um desertor será sempre um desertor.
Pedro, gostei muito do seu texto e deparo-me com uma situação parecida! Sendo um jovem gostaria de pedir uns conselhos para saber o melhor que se pode fazer, sabendo que à partida entre Hitler e Estaline não votaria em nenhum. Logo provavelmente não coadunarei com o nosso Exmo. Cavaco.
Enviar um comentário