Um só caso de pedofilia é uma tragédia. É dos actos mais repugnantes e baixos aos quais pode chegar a miséria humana. Seja quem for que cometa um acto de pedofilia, merece a mais viva condenação de todos, e deve ser impedido de estar em condições de repetir actos dessa natureza.
A Igreja, desde sempre, e cada vez mais nos últimos tempos, tem repetido aquilo que defende: que qualquer acto de abuso de uma criança é um pecado que brada aos Céus e que, portanto, nunca pode ser permitido em qualquer circunstância, seja por quem seja. Fruto disso, os crimes relativos a actos de pedofilia por parte de membros da Igreja, sejam eles clérigos, religiosos ou leigos, sempre foram punidos com penas muito severas, na consciência que os mais fracos, ou seja, as crianças, devem ser sempre protegidas e defendidas.
Em tempos não muito longínquos na vida da Igreja, dá-se agora conta que essa legislação (que sempre existiu) não foi aplicada como deveria ter sido, e isso deve-se a vários factores: por um lado, um certo receio da autoridade eclesiástica em investigar a fundo os possíveis casos de abusos entre crianças e de agir com medidas preventivas e, se os factos se comprovassem, com medidas coactivas; por outro lado, um erróneo entendimento sobre a necessidade e o valor das penas canónicas; por fim, a tentação de abafar possíveis casos de pedofilia cometidos por membros do clero pode, nalguns momentos, ter sido maior do que a absoluta necessidade de defender as crianças.
(Fonte: blogue recomendado ‘Ubi caritas’ AQUI)
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