Mazen, Ishoa, Muklos, Basem, Metoká, Adnan, Zayia… São nomes próprios de católicos iraquianos. Todos mortos, inocentes. Estes e muitos outros nomes caem no esquecimento e na indiferença do mundo ocidental.
Está em curso um massacre contra os cristãos no Iraque – presentes naquela terra há dois mil anos – e ninguém reage. Imagino as vozes que se levantariam, caso se tratasse de uma perseguição sistemática deste tipo contra muçulmanos ou judeus…
Houve, aliás, mais barulho mediático contra a destruição de estátuas budistas pelos talibãs do que pela morte de seres humanos, pelo simples facto de serem cristãos.
O Papa e a Santa Sé uniram-se aos bispos iraquianos a pedir uma intervenção internacional para que esta violência chegue ao fim.
A minha reflexão de hoje poderia acabar aqui, que já dava que pensar. Mas há outro aspecto, ainda mais espantoso, que também se passa no Iraque: é o facto de os cristãos – ao contrário dos sunitas e xiitas – não fazerem represálias.
Como explica o arcebispo armeno em Bagdad: “Condenamos os actos de violência, mas devemos ser 'bons samaritanos' e cumprir actos de bondade para com todos, sem distinção étnica ou religiosa".
E é nestes tempos terríveis que nos recordamos das palavras de Nosso Senhor: “Não tenhas medo de quem te mata o corpo, uma vez que não se pode matar a alma!”.
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
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