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domingo, 21 de março de 2010
Bento XVI – a arte é universal, Jesus é a última palavra de Deus em sentido qualitativo (vídeo com locução em espanhol)
A lei universal da expressão artística é saber comunicar um bem que é também a própria verdade: afirmou o Papa nesta sexta feira à tarde no breve discurso proferido na conclusão do concerto em sua honra na Sala Clementina do Palácio Apostólico. A bem ver – acrescentou – esta é a lei que seguiu Deus incarnando-se como nos recordam As Últimas Sete Palavras de Cristo na Cruz a nova versão da paixão de Haydn de José Peris Lacasa, organista da Capela do Palácio Real de Madrid, executada pelo quarteto Henschel de arcos com o meio soprano Susanne Kelling que prestou a sua voz extraordinária às palavras de Jesus no Evangelho.
Quanto mais dura é a matéria e estreitos os laços, maior foi o génio criativo que se manifestou, comentou o Papa aproximando a Paixão de Haydn à Piedade de Miguel Ângelo que trabalhando com o mármore conseguiu fazer falar esta matéria. Nas duas obras de arte – para o Papa – encontra-se de facto uma expressão artística original mas dominada pelo acontecimento que apresenta. O resultado é uma beleza austera digna da solenidade de São José, uma composição idónea para o tempo da Quaresma, porque repropõe o mistério central da fé cristã testemunhando que se podem abraçar arte e fé com a inspiração directa dos textos evangélicos. Jesus doando-se plena e definitivamente – disse ainda Bento XVI – é a ultima palavra. O seu é um amor de tal maneira livre que não tem medo de se ligar para sempre. É esta a lei do amor e da arte.
(Fonte: Radio Vaticana)
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