Foi promulgado um édito de César Augusto ,que manda recensear toda a gente. (Lc 2, 1-5). Para isso cada pessoa tem de ir à terra dos seus antepassados. – Como José é da casa e da família de David, vai com a Virgem Maria de Nazaré à cidade chamada Belém, na Judeia. E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz, e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoira, por não haver para eles lugar na hospedaria. Na mesma região, havia uns pastores que pernoitavam nos campos e faziam a guarda nocturna do seu rebanho. Apareceu-lhes então o Anjo do Senhor e a glória do Senhor cercou-os de luz, e eles tiveram muito medo. Disse-lhes o Anjo: Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria, para todo o povo: nasceu-vos hoje na cidade de David um Salvador que é o Messias Senhor! Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoira.
De súbito juntou-se ao Anjo uma multidão dos exércitos celestes, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, e paz na Terra entre os homens do Seu agrado. (Lc 2, 1-14).
E em Belém nasce o nosso Deus, Jesus Cristo! Não há lugar na pousada; num estábulo. – E sua Mãe envolve-O nos paninhos e reclina-O no presépio (Lc 2, 7).
Frio. – Pobreza. – Sou um escravozinho de José. – Que bom é José! Trata-me como um pai a um filho. – Até me perdoa, se estreito o Menino entre os meus braços, e fico, horas e horas, a dizer-Lhe coisas doces e ardentes!...
E beijo-O – beija-O tu – e bailo com ele e canto para Ele e chamo-lhe Rei, Amor, meu Deus, meu Único, meu Tudo!...Que lindo é o Menino…e que curta a dezena!
S. Josemaría Escrivá - Santo Rosário, 3º Mistério gozoso, O Nascimento de Jesus
«Jesus Christus, Deus Homo, Jesus Cristo, Deus-Homem! Act 2, 11) Eis uma das magnalia Dei, uma das maravilhas de Deus em que temos de meditar e que temos de agradecer a este Senhor que veio trazer a paz na Terra aos homens de boa vontade, a todos os homens que querem unir a sua vontade à Vontade boa de Deus. Não só aos ricos, nem só aos pobres! A todos os homens, a todos os irmãos! Pois irmãos somos todos em Jesus; filhos de Deus, irmãos de Cristo. Sua Mãe é nossa Mãe.
Na terra há apenas uma raça; a raça dos filhos de Deus. Todos devemos falar a mesma língua: a que o nosso Pai que está nos Céus nos ensina; a língua dos diálogos de Jesus com o seu Pai; a língua que se fala com o coração e com a cabeça; a que estais a usar agora na vossa oração. É a língua das almas contemplativas, dos homens espirituais por se terem dado conta da sua filiação divina; uma língua que se manifesta em mil moções da vontade, em luzes vivas do entendimento, em afectos do coração, em decisões de rectidão de vida, de bem-fazer, de alegria, de paz.
É preciso ver o Menino, nosso Amor, no seu berço. Olhar para Ele, sabendo que estamos perante um mistério. Precisamos de aceitar o mistério pela fé, aprofundar o seu conteúdo. Para isso necessitamos das disposições humildes da alma cristã: não pretender reduzir a grandeza de Deus aos nossos pobres conceitos, às nossas explicações humanas, mas compreender que esse mistério, na sua obscuridade, é uma luz que guia a vida dos homens».
S. Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 13
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá AQUI)
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