Na tarde deste dia 31, na Basílica de S. Pedro, com inicia ás 18h00, o Papa Bento XVI presidirá a celebração das primeiras Vésperas da solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, que se concluirá com o Te Deum de agradecimento de fim de ano…
No primeiro do ano, por ocasião da jornada mundial da Paz, Bento XVI preside na Basílica de S. Pedro a celebração eucarística, com inicio ás 10h00; ao meio dia o Santo Padre recitará a oração mariana do Angelus.
Ao mesmo tempo que decorria em Copenhaga a Conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas, foi apresentada aqui em Roma a Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2010, com o mote Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação. Nesta mensagem, convida ao reforço da “aliança entre ser humano e ambiente”, cuja salvaguarda é essencial para a convivência pacífica da humanidade.
No sentido mais imediato, as alterações climáticas são realmente uma ameaça à paz, uma vez que os efeitos que delas decorrem – menos terras aráveis, falta de água, aumento de cheias e secas prolongadas – provocam já conflitos pelo acesso a recursos naturais cada vez mais escassos nalgumas partes do mundo, bem como um número crescente de “refugiados climáticos”, vítimas das catástrofes naturais e da subida do nível do mar nas zonas costeiras.
Mas há também uma forte dimensão de justiça: os países em desenvolvimento foram os que menos contribuíram para o actual estado do clima, porém são quem mais sofre hoje seus os efeitos nefastos.
À procura de soluções para a “crise ecológica”, Bento XVI separa os aspectos técnicos, onde têm a palavra os cientistas, dos aspectos éticos, aos quais é necessário responder com “uma nova solidariedade”. Em Copenhaga, na entrega de uma petição que juntou mais de 500 mil assinaturas de cristãos de todo o mundo, o comissário Yvo de Boer, responsável máximo das Nações Unidas nas negociações, reconheceu que o que está em causa nesta discussão é sobretudo um problema moral. E aqui os cristãos, legitimados pela sua visão do ambiente como criação de Deus que nos é confiada para preservar, devem ter uma voz activa na denúncia de abusos e na alteração de comportamentos pessoais.
O Papa apela ainda a uma profunda revisão do modelo de desenvolvimento actual, para que ele se passe a alicerçar em valores firmes, como a sobriedade e a solidariedade, que contrastam com o consumismo e o egoísmo que reinam no nosso tempo.
(Fonte: site Radio Vaticana)
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