Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Primeira homilia sobre o salmo 38 (39) (a partir da trad. de SC 411, p. 355)

«O Verão está próximo»

«Senhor, dá-me a conhecer o meu fim e o número dos meus dias, para que veja como sou efémero» [Sl 38 (39), 5]. Se me permitisses conhecer o meu fim, diz o salmista, e se me desses a conhecer o número dos meus dias, poderia só por isso perceber o que me falta. Ou talvez por estas palavras ele esteja ainda a indicar o seguinte: que todo o trabalho tem uma meta. Por exemplo, o objectivo de um empreendimento de construção é fazer uma casa; a finalidade de um estaleiro naval é construir um barco capaz de triunfar sobre as vagas do mar e suportar as investidas dos ventos; e o objectivo de cada trabalho é qualquer coisa de semelhante para o qual o próprio trabalho foi criado. Por isso, talvez haja também um certo objectivo na nossa vida e na existência do mundo inteiro para o qual se faz tudo o que se faz na nossa vida ou para o qual o próprio mundo foi criado ou subsiste. Também o Apóstolo Paulo se recorda desse objectivo quando diz: «Depois, será o fim: quando Ele entregar o reino a Deus Pai» (1Cor 15, 24) É certamente necessário que nos apressemos para essa meta, uma vez que o valor da obra é a razão pela qual fomos criados por Deus.

Assim como o nosso organismo corporal é pequeno e reduzido no momento em que nascemos e no entanto se desenvolve e tende para o limite do seu tamanho crescendo em idade; assim como também a nossa alma [...] recebe primeiramente uma linguagem balbuciante, que seguidamente vai ficando mais clara, para chegar finalmente a uma forma de se exprimir perfeita e correcta; também da mesma forma toda a nossa vida começa no presente, decerto balbuciante entre os homens da terra mas se concluí e chega ao seu auge nos céus, perto de Deus.

Por este motivo o profeta deseja conhecer o fim para que foi criado, porque, olhando para o objectivo, examinando os seus dias e considerando a sua perfeição, vê o que lhe falta em relação a essa meta para a qual tende. [...] É como se aqueles que saíram do Egipto tivessem dito: «Senhor, dá-me a conhecer o meu fim», que é uma terra boa e uma terra santa, «e o número dos meus dias» que percorro «para que veja como sou efémero», quanto ainda me falta caminhar para chegar à terra santa que me foi prometida.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

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