Não é o homem que encontra a verdade é a verdade que encontra o homem
"Nós não podemos encontrar sozinhos a Verdade, mas a Verdade, que é Pessoa, encontra-nos", recordou Bento XVI no final da projecção do filme "Santo Agostinho", realizada na tarde de quarta-feira 2 de Setembro, na Sala dos Suíços do Palácio Pontifício de Castelgandolfo.
Prezados amigos
No final desta grande viagem espiritual, que se realizou no filme ao qual assistimos, sinto o dever de dizer obrigado a todos aqueles que nos ofereceram esta visão. Obrigado à Televisão Bávara pelo compromisso assumido e é uma grande alegria que uma observação bastante casual, feita há três anos, tenha sido o início de um caminho que levou a esta grandiosa representação da vida de Santo Agostinho. Obrigado à Lux Vide, à RAI por esta realização.
Na realidade, parece-me que o filme é uma viagem espiritual num continente espiritual muito distante de nós e todavia muito próximo de nós, porque o drama humano é sempre o mesmo. Vimos como, num contexto para nós muito distante, se representa toda a realidade da vida humana, com todos os problemas, as tristezas, os reveses, assim como o facto de que, no final, a Verdade é mais forte que qualquer obstáculo e encontra o homem. Esta é a grande esperança que no final permanece: nós não podemos encontrar sozinhos a Verdade, mas a Verdade, que é Pessoa, encontra-nos.
Externamente, a vida de Santo Agostinho parece terminar de modo trágico: o mundo pelo qual e no qual ele viveu termina, é destruído. Mas como aqui foi afirmado, a sua mensagem permaneceu e, inclusive nas mudanças do mundo, ela perdura, porque provém da Verdade e orienta para a Caridade, que é o nosso destino comum.
Obrigado a todos. Espero que muitos, assistindo a este drama humano, possam ser encontrados pela Verdade e encontrar a Caridade.
(©L'Osservatore Romano - 5 de Setembro de 2009)
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