A entrada em vigor da “lei” ímpia sobre a “educação” sexual que arrebata iniquamente aos pais o direito inalienável de educarem e formarem os seus filhos coloca os genitores numa situação de extrema dificuldade perante o poder totalitário do estado. Entre estes pais aflitos encontra-se um número assinalável, porventura a maioria, de católicos. Será não só irrealista como perverso dar conselhos paternalistas aos pais para que se empenhem na escola de modo a combater ou minimizar os efeitos nefandos da promiscuidade programada. Este tipo de orientação ignora, por um lado, a vida de trabalhos e fadigas de que são vítimas a grande maioria dos pais do nosso tempo e, por outro, a estratégia delineada de transformar as escolas em centros de “lavagem cérebro/sexual” dos próprios pais. Estes, de facto, nem são clérigos ou religiosos com tempo disponível para garantir uma presença constante e combativa, nem são, de um modo geral, académicos que tenham cultura e eloquência suficientes para detectarem e desmontarem as armadilhas e ludíbrios de gente muitíssimo bem preparada nas técnicas de persuasão e condicionamento das mentes.
Posto isto, a única solução razoável é o recurso à objecção de consciência. Em qualquer outro país, creio eu, o Episcopado já teria saído em auxílio das famílias reclamando o direito a essa objecção. Tanto mais que aqui está também em jogo o direito ao exercício efectivo da liberdade religiosa.
Eu confesso que não compreendo porque calam os Bispos. Nem acredito na hipótese aventada por alguém de que têm por mentor o monsenhor que não há muito declarava a incompetência geral dos pais para educarem a seus filhos.
Nuno Serras Pereira
13. 08. 2009
Agradecimento: ‘Infovitae’
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