Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 4 de julho de 2009

A fé e os apóstolos - Editorial

Para a festa dos santos padroeiros de Roma Bento XVI dirigiu a todos os católicos palavras que merecem ser ouvidas também além dos confins visíveis da Igreja e que permanecerão, meditando sobre o que é essencial: a verdade. Aquela verdade que Pedro e Paulo pregaram até derramar o seu sangue sob Nero, prestando a Cristo o extremo testemunho (em grego, martýrion) na capital do império. O martírio dos dois apóstolos fundou a Igreja romana, como nos séculos reconheceram milhões de fiéis ajoelhados diante dos seus túmulos indicados há dezoito séculos pela piedade cristã, que está radicada visivelmente na história. Como afirmaram Pio XII e Paulo VI em relação a São Pedro e agora o seu sucessor em relação a São Paulo.

Ao falar do convertido no caminho de Damasco o Papa recordou como com Cristo iniciou um novo modo de adorar Deus, um culto pessoal e profundamente verdadeiro porque se realiza com a vida. Com aquele renovar-se interiormente que é o único caminho para transformar o mundo sem se conformar com ele. Para um novo modo de pensar e de ser, não como crianças mas como adultos. Certamente, não no sentido, precisamente infantil, com o qual se chegou a alterar a expressão "fé adulta", vendo nela uma atitude madura e corajosa, eventualmente também contra o magistério da Igreja. Com ironia amarga Bento XVI recordou como neste mundo não se demonstra muita coragem, nas actuais sociedades descristianizadas.

Ao contrário, é adulta a fé que, na verdade, sabe comprometer-se exemplificou o Papa pela inviolabilidade da vida humana desde o primeiro momento e pelo ordenamento, que é natural e cristão, do matrimónio indissolúvel. Opondo-se em nome da verdade, que não pode ser separada da caridade, à mentira. E o compromisso pela verdade que olha para Cristo é profundo: "Nós precisamos de uma razão iluminada pelo coração, para aprender a agir segundo a verdade na caridade", sintetizou Bento XVI.

Desde os estudos e as obras juvenis Joseph Ratzinger, imbuído da tradição cristã, estabeleceu-se como tarefa explicar "o alfabeto da fé" no nosso tempo, e continua a desempenhar este serviço, que é ao mesmo tempo teológico e pastoral, como Sucessor de Pedro. E através do primeiro dos apóstolos olhou mais uma vez para Cristo "bispo das almas" na solene liturgia da entrega do pálio, que exprime também visivelmente a comunhão católica. Para descer no profundo da verdade testemunhada pelos apóstolos e repetir que apesar dos conformismos do mundo e não obstante os inimigos, mais uma vez chamados evangelicamente "lobos" a exemplo de Pedro e de Paulo e de santos como Francisco, o Cura d'Ars e Padre Pio, os bispos e os sacerdotes têm sobretudo a tarefa de abrir os corações e as almas a Deus. Porque só assim é possível tornar presente Deus no mundo e renová-lo.


Giovanni Maria Vian - Director

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