
O programa beneditino de nada antepor a Cristo realiza-se todos os dias com gestos concretos. E neste ritmo do dia repetiu o Papa a vida monástica tem um valor exemplar para cada fiel, seja homem ou mulher. Antes de tudo, no espaço reservado à oração, "caminho silencioso" que conduz a Deus, e portanto autêntico "respiro da alma".
Depois vem o trabalho, realidade sempre difícil e que neste tempo de crise mundial com frequência se reveste de preocupação e de angústia para indivíduos e famílias, enlaçando-se com a questão da imigração. E ainda, a cultura, que não diz respeito a âmbitos circunscritos, mas significa também e sobretudo educação das novas gerações e responsabilidade em relação a elas. Estes são temas que preocupam os bispos italianos e que não por acaso estão presentes hoje nas palavras do cardeal presidente da conferência episcopal.
Voltar a Montecassino foi assim para Bento XVI uma nova ocasião para recordar a atenção sobre as prioridades da vida. E para invocar mais uma vez a paz aliás, o dom da paz e o compromisso para a realizar de um lugar pacífico e de civilização que foi inutilmente destruído pela barbárie da guerra moderna, aquela assustadora tragédia na qual a Europa começou a afundar há setenta anos.
Também por isto Paulo vi, precisamente de Montecassino, proclamou São Bento padroeiro do velho continente, resumindo na cruz, no arado e no livro a obra secular dos seus monges. Para ressaltar a responsabilidade dos cristãos que visivelmente devem testemunhar a profundidade e a eficácia das suas raízes. Também na Europa, no contexto global e na busca racional do bem comum.
Giovanni Maria Vian
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