Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Galileu e o Vaticano


No Ano dedicado à Astronomia, o Vaticano retoma o interesse por Galileu Galilei com concertos, celebrações litúrgicas e congressos.

Em 31 de Outubro de 1992, João Paulo II reconheceu publicamente os erros cometidos pelo tribunal eclesiástico que julgou o cientista de Pisa. O Cardeal Poupard foi o responsável pela revisão deste caso que ficou conhecido como um dos maiores conflitos entre ciência e fé.

Para o subsecretário do Pontifício Conselho para a Cultura, Mons. Melchor Sánchez de Toca, João Paulo II foi determinante neste caso.

Mons. Sánchez de Toca é o co-autor de um estudo que busca aprofundar os mitos deste episódio, mostrado como contradição entre ciência e fé.

Dom Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura e autor do prefácio desta publicação explica:

Bento XVI recordou Galileu neste ano dedicado à astronomia, seja durante o Angelus de 21 de Dezembro passado, data do solstício de inverno, seja na solenidade da Epifania de 6 de Janeiro, quando falou da estrela dos magos.
Sottopancia:-Mons. Melchor Sánchez de Toca, co-autor “Galileu e o Vaticano”-Card. Paul Poupard, encarregado da comissão para o caso Galileu-Dom Giafranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura

“Na realidade, o caso Galileu nunca foi encerrado, sempre permaneceu aberto. O que João Paulo II quis foi convidar a Igreja a esclarecer este caso e, sobretudo, convidar toda a comunidade científica e a Igreja a remover os obstáculos do passado”.

“O Papa João Paulo II tinha a preocupação de esclarecer a imagem sobretudo negativa da Igreja na opinião pública diante de muitas pessoas que a consideravam inimiga da ciência...”.

“Pouco a pouco, ao me ocupar da parte cultural, entendi melhor como todo o tema havia sido instrumentalizado, sobretudo a partir da Ilustração como uma arma de guerra contra a Igreja...”.

“... João Paulo II disse-me que era importante reconhecer nesta incómoda situação todos os erros sem se importar com quem os havia cometido, e assim foi”.

“O princípio fundamental é conseguir, como João Paulo II dizia, purificar o passado e a memória para remover também os erros que podem ser reconhecidos por parte da comunidade eclesial e sobre esta base, já livre dos problemas do passado, poder construir um futuro diferente de diálogo, que é fundamental nos nossos dias. Necessitamos de um verdadeiro diálogo ante estes desafios, que em certas ocasiões são enfrentados somente de modo polémico”.

“Por outro lado, é preciso reconhecer que Galileu a partir de agora pode converter-se em num apelo constante e contínuo para um diálogo melhor e fecundo entre a ciência e a fé, apesar de ter sido vítima deste conflito”.


(Fonte:H2O News com adaptação e edição de JPR)

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