Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 11 de março de 2009

«Quem tem ouvidos, oiça!» (Mt 11, 15)

Papa escreve carta dura a bispos

O “Caso Williamson” que tem abalado a Igreja no último mês é abordado numa carta de Bento XVI, que será tornada pública amanhã.

A carta ainda não foi divulgada oficialmente, mas já apareceram excertos em vários órgãos de informação e blogues católicos, incluindo o jornal alemão Frankfurter Allgemeine que terá obtido uma versão completa. Segundo estas fontes, o Papa não hesita em fazer algumas críticas duras aos bispos católicos.

Na carta, dirigida directamente aos bispos católicos de todo o mundo, e não aos cismáticos da Fraternidade Sacerdotal de São Pio X (FSSPX), cujo levantamento da excomunhão motivou toda esta polémica, Bento XVI adopta um tom muito duro para com aqueles que o criticaram.

Começando por tornar claro que os tradicionalistas não podem “congelar” a autoridade do magistério da Igreja em 1962, o Papa critica também aqueles que se designam como “grandes defensores do Concílio”, mas que não querem perceber que o Segundo Concílio Vaticano carrega consigo “toda a história doutrinal da Igreja”.

Bento XVI tem ainda palavras fortes para aqueles que se opõem a qualquer diálogo com a FSSPX: “Devemos remeter à indiferença uma comunidade que conta com 491 padres, 215 seminaristas, 117 frades, 164 freiras, e milhares de fiéis? Devemos mesmo deixá-los afastarem-se da Igreja? Poderemos simplesmente excluí-los, enquanto representantes de um grupo marginal e radical, da busca pela unidade e reconciliação?”

Reafirmando que não tinha conhecimento das posições negacionistas do Bispo Williamson, o Papa lamenta que “Um discreto gesto de misericórdia para com os quatro bispos, ordenados válida mas ilicitamente, de repente pareceu assumir contornos completamente diferentes: como uma recusa da reconciliação entre judeus e cristãos, e por conseguinte como uma recusa daquilo que o Concílio tinha clarificado a este respeito”.

De seguida, Bento XVI, lamenta que “mesmo católicos, que deviam saber melhor como são estas coisas, tenham sentido a necessidade de me atacar com hostilidade”, e agradece aos judeus por “terem ajudado a clarificar prontamente este desentendimento, restabelecendo um ambiente de amizade e confiança”.

No final do documento o Papa critica ainda o facto de a sociedade sentir que “é preciso haver pelo menos um grupo que não merece qualquer tolerância, que podemos abusar livremente e com ódio. E se alguém se atrever a aproximar-se deles, também deve ser tratado com ódio, sem medo nem reservas”.

FA

(Fonte: site RR e título da responsabilidade de JPR)

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