O bispo do Porto manifestou preocupado com "a incidência infantil da pobreza", destacando a importância dos cuidados maternos, educação, vacinação e recursos médicos e ambientais, "sem esquecer a promoção e a estabilidade da família, pois “quando a família se debilita, os danos recaem inevitavelmente sobre as crianças”.
Na sua homilia de Ano Novo, hoje na Sé Catedral do Porto, D. Manuel Clemente subscreveu as palavras do Papa Bento XVI sobre a pobreza mundial e as suas causas: “Como Igreja do Porto, devemos acolher profunda e consequentemente a exortação papal, neste Dia Mundial da Paz”, afirmou, apelando a todos os cristãos para que “alarguem o coração às necessidades dos pobres” e façam tudo o que for possível para ir em seu socorro.
Na sua Homilia, o Bispo do Porto criticou ainda aqueles que associam a pobreza ao crescimento da população e que apostam em campanhas de redução da natalidade.
"Antes de mais no âmbito demográfico, que certos equívocos tem trazido, alegando-se que a pobreza está associada ao crescimento da população e tomando este como factor negativo e até 'justificativo' de campanhas de redução da natalidade, onde não faltam atentados à dignidade da mulher, aos direitos dos pais e à vida dos nascituros", recordou o bispo.
Para D. Manuel Clemente, "muito pelo contrário, verifica-se que nas últimas três décadas saíram da pobreza algumas populações que registaram 'um incremento demográfico notável', revelando-se o índice positivo da natalidade como potenciador de progresso".
O bispo do Porto não esqueceu, no entanto, as pandemias que atingem algumas zonas do Mundo, pondo em causa os sectores produtivos e a vida em geral. D. Manuel Clemente defendeu que o combate às pandemias "não dispensa, em especial nalguns casos como a SIDA, a educação para uma sexualidade respeitadora da dignidade própria e alheia".
PC
(Fonte: site RR – para ler a extraordinária mensagem de Bento XVI ir a http://spedeus.blogspot.com/2009/01/mensagem-de-sua-santidade-bento-xvi.html é longa, mas vale verdadeiramente a pena como aliás o Santo Padre já nos habitou em tudo o que escreve)
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