“O primeiro serviço que possa prestar à Igreja e à humanidade é a oração”, porque “quem reza nunca perde a esperança”: palavras de Bento XVI, nesta quarta-feira de manhã, em Castelgandolfo, acolhendo um numeroso grupo de peregrinos de variados países, congregados em Audiência geral. Foi a primeira vez desde os tempos do Papa Paulo VI, há trinta anos, que este encontro semanal do Papa com os fiéis teve lugar na residência estiva. João Paulo II sempre se deslocava de propósito a Roma, durante o verão, nestas circunstâncias.
Bento XVI, que regressou segunda-feira passada de Bressanone, no norte de Itália, onde passou duas semanas de repouso,começou por agradecer uma vez mais a todos os que ali o acolheram e contribuíram para que aquelas de montanha fossem “dias de serena distensão” em que – disse – nunca deixou de recomendar ao Senhor quantos se confiam às suas orações. “E tantíssimos são” – referiu o Papa – os que lhe escrevem expondo tantas diversas situações de vida, alegrias e projectos, mas também e sobretudo preocupações e problemas, familiares e de trabalho, com as próprias expectativas e esperanças, juntamente com as “angústias ligadas às incertezas que a humanidade está vivendo neste momento”.
Na sua catequese em italiano o Papa, ilustrando precisamente a força da oração, como reserva de esperança e de serenidade, apontou o exemplo de dois santos que a liturgia recorda nestes dias: a alemã Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) e o polaco Maximiliano Kolbe, ambos vítimas da violência nazi no campo de concentração de Auschwitz, que caminharam conscientemente para a morte, rezando e oferecendo a própria vida, num exemplo heróico de fé e de esperança.
Aparentemente – observou o Papa – as suas existências poderiam ser consideradas uma derrota, mas é precisamente no seu martírio que resplandece o amor que vence as trevas do egoísmo e do ódio”.
Nas saudações em diferentes línguas aos grupos presentes, não faltou uma saudação em português, com uma referência expressa a peregrinos de Lisboa, da Universidade Católica...Desejo saudar, cordialmente o grupo da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa, e a tripulação do Navio-Escola «Brasil» da Marinha brasileira, aos quais faço votos de que levem deste encontro a lembrança que a vossa vida tem como objetivo servir, com caridade cristã, os cidadãos da vossa Pátria, pelas rotas da paz, da solidariedade e da fraternidade!Com estes votos, de todo coração abençoo a vós e às vossas famílias, bem como a todos os peregrinos de língua portuguesa aqui presentes.
(Fonte: Radio Vaticana)
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