Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

EUA - Cinco princípios morais para a crise financeira

Consciência, responsabilidade, solidariedade, subsidiariedade e humanidade. Assim se pode resumir as cinco chaves que a Conferência Episcopal Americana propõe para lidar com a actual crise financeira.

Os cinco princípios foram transmitidos ao Governo numa carta assinada por William Murphy, Bispo de Rockville Center, em Nova Iorque e presidente do Comité de Justiça e Desenvolvimento, da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, e enviada para os responsáveis do Governo americano.

O Bispo começa por esclarecer que nem ele nem os seus pares são peritos em economia, mas sugere que “a nossa fé e os nossos princípios morais podem ajudar a encontrar respostas efectivas para a desordem económica” que o país vive.

Em primeiro lugar, William Murphy sugere que se tenha sempre presente a “dimensão humana e moral da crise”, lembrando que estão pessoas reais em jogo, e que em caso algum se deve reduzir o problema a uma questão de dinheiro e de finanças. Aliás, “a busca escandalosa de benefícios económicos excessivos” foi um dos problemas na origem da crise, e um exemplo de “ética económica que coloca o benefício acima dos demais valores”.

A responsabilidade é eleita como o segundo princípio a recordar. “Quem contribuiu directamente para esta crise, ou se aproveitou dela, não deveria ser recompensado ou escapar sem prestar contas do dano que causou”, escreve o prelado, fazendo eco de uma das principais reservas sentidas pelos americanos.

O terceiro princípio é o recordar que os mercados têm vantagens, mas têm também limitações: “Há necessidades humanas que não encontram lugar no mercado. É um estrito dever de justiça e de verdade não permitir que necessidades humanas fundamentais não sejam satisfeitas”, lembra William Murphy.

Solidariedade é o quarto princípio, que “nos recorda que estamos todos unidos e nos adverte que buscar somente o interesse próprio pode piorar a situação”.

Finalmente, o Bispo fala da importância do sentido da subsidiariedade, que “leva os agentes privados e as instituições à responsabilidade e à aceitação das suas obrigações”.

William Murphy termina recordando que a doutrina católica não se reflecte na ideia de mercado totalmente livre e desregulado, citando a Encíclica Centesimus Annus: “A nossa tradição Católica remete-nos a uma sociedade do trabalho, da iniciativa e da participação, que não está directamente contra o mercado, mas que exige que este seja controlado

FA/Zenit


(Fonte: site RR)

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