(29/6/2008) Neste Domingo, Solenidade de São Pedro e São Paulo, Bento XVI presidiu a Liturgia Eucarística com a imposição do sagrado Palio a 40 arcebispos metropolitas, entre os quais D. José Sanches Alves, Arcebispo de Évora. Presente também o Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, que foi acolhido pelo Papa à entrada da Basílica de São Pedro. Com um gesto de grande valor ecuménico, durante a Missa desta manhã Bento XVI cedeu a palavra ao patriarca de Constantinopla Bartolomeu I pedindo que fosse ele a proferir a homilia para a grande festa dos Santos Pedro e Paulo, Padroeiros da Igreja de Roma e colocados como fundamento juntamente com os outros Apóstolos, da Igreja, una santa católica e apostólica. Esta festa, explicou o Papa,” traz-nos todos os anos a agradável presença de uma Delegação fraterna da Igreja de Constantinopla, que este ano, pela coincidência com a abertura do Ano Paulino é guiada pelo próprio Patriarca, Sua Santidade Bartolomeu I. A ele dirijo a minha saudação cordial, enquanto exprimo a alegria de ter mais uma vez a feliz oportunidade de trocar com ele o beijo da paz, na esperança comum de ver aproximar-se o dia da unitatis redintegratio- o dia da plena comunhão entre nós. O Papa saudou depois os membros da Delegação patriarcal e os representantes de outrsa igrejas e comunidades eclesiais que o honravam com a sua presença, oferecendo com isso um sinal da vontade de intensificar o caminho para a unidade plena entre os discípulos de Cristo. Dispomo-nos agora - acrescentou Bento XVI a escutar as reflexões de Sua Santidade o Patriarca Ecuménico, palavras que queremos acolher com o coração aberto, porque vêm do nosso Irmão amado no SenhorO Patriarca Bartolomeu observou, dirigindo-se ao Papa, que o diálogo teológico entre as nossas Igrejas graças á ajuda divina continua em frente, para além das notáveis dificuldades que subsistem sobre as conhecidas problemáticas. Desejamos verdadeiramente – afirmou o Patriarca nesta sua homilia durante a Missa na Basílica de S. Pedro para a festa de São Pedro e São Paulo – e rezamos muito por isso, que estas dificuldades sejam superadas e que os problemas sejam dissolvidos mais rapidamente possível, para atingir o objecto do desejo final, a glória de Deus. A homilia do Patriarca Ecuménico Bartolomeu I terminou com os votos de uma próxima comunhão completa, união da fé e comunhão do Espírito Santo, nos laços da paz, nesta terra, e no céu a vida eterna e a grande misericórdia. As palavras de Bartolomeu I foram acolhidas com um longo aplauso. Sucessivamente Bento XVI retomou a palavra e depois de ter agradecido ao Patriarca quis recordar que a missão permanente de Pedro e portanto a própria, como seu sucessor, é aquela de” fazer com que a Igreja nunca se identifique com uma única nação, com uma única cultura, com um único estado. Que seja sempre a Igreja de todos. Que reúna a humanidade para além de qualquer fronteira e no meio das divisões deste mundo, torne presente a paz de Deus, a força reconciliadora do seu amor”. Segundo Bento XVI, no mundo globalizado de hoje, graças á técnica igual em todo o lado, graças á rede mundial de informações, bem como graças á ligação de interesses comuns, existem novas maneiras de unidade, mas é uma unidade sobre as coisas materiais, que muitas vezes fazem explodir novos contrastes. Pelo contrário o mundo precisa cada vez mais de unidade interior que provém da paz de Deus. Portanto a missão permanente de Pedro, mas também tarefa particular confiada á Igreja é reconduzir a esta unidade a humanidade inteira. Depois da homilia Bento XVI e Bartolomeu I recitaram juntos o Credo segundo o símbolo niceno-constantinopolitano na língua original grega, segundo o uso litúrgico das igrejas bizantinas.
(Fonte: Radio Vaticana)
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