Ao ler as vossas cartas, ou nas conversas que tenho convosco, partilho de todo o coração as vossas alegrias e também as vossas penas e dores. Quantas famílias passam por um grande sofrimento, porque algum dos seus membros vive afastado do Senhor, ou porque veem um doente sofrer e se sentem impotentes para lhe aliviar a dor! Somos pessoas que vivem no meio do mundo, e é lógico que os dramas contemporâneos – o flagelo das drogas, a crise da união familiar, o gelo produzido pelo individualismo, a crise económica – nos toquem muito perto.
Verificar esta realidade não nos há de levar à tristeza. Contamos com a garantia de que – se permanecemos junto do Coração de Jesus – seremos consolados, e não só na vida eterna. Já aqui, nesta Terra, o Senhor nos oferece o conforto da Sua proximidade. Como um Pai amoroso, nunca nos deixa sozinhos. Como S. Josemaria sempre ensinou, a raiz da alegria sobrenatural dos cristãos brota da consciência da nossa filiação divina. A mim causa-me um imenso consolo a segurança, muito própria dos filhos de Deus, de que nunca estamos sós, porque Ele está sempre connosco. Não vos comove esta ternura da Santíssima Trindade, que nunca abandona as Suas criaturas? [3].
[3]. S. Josemaria, A sós com Deus, n. 143 (AGP, Biblioteca, P10).
(D. Javier Echevarría, excerto da carta do mês de julho de 2016)
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