«Desde a Ascensão, a vinda de Cristo na glória está eminente», explica o Catecismo da Igreja Católica [4], dizendo-o no sentido em que pode acontecer a qualquer momento. Só Deus sabe quando terá lugar esse acontecimento, que marcará o fim da História e a definitiva renovação do mundo. Por isso, sem alarmismos nem temores, mas com sentido de responsabilidade, havemos de caminhar para o encontro definitivo com Jesus, que, por outro lado, acontece para cada um no momento da morte. De Deus vimos e para Deus vamos: esta realidade constitui, no fundo, a síntese da sabedoria cristã. Contudo, como o Papa lamentava recentemente, com frequência se esquecem estes dois pontos da História e, particularmente, a fé no regresso de Cristo no juízo final não é às vezes tão clara e firme no coração dos cristãos [5].
Consideremos que o encontro definitivo do Senhor com cada um está precedido pela Sua atuação constante em cada momento da vida comum. Ainda me lembro da vivacidade com que S. Josemaria Lhe pedia, para este caminhar quotidiano: mane nobíscum! [6]: fica connosco. Dizemos-Lho nós, conscientes de que temos de deixar que Ele atue na nossa vida? Exortava-nos também a estar preparados para prestar contas a Deus da nossa existência a qualquer momento. Em Caminho, escreveu: “Há de vir julgar os vivos e os mortos”, rezamos no Credo. Oxalá não percas de vista esse julgamento e essa justiça e... esse Juiz [7]. Sou testemunha de que considerava pessoalmente, em cada dia, essa possibilidade, e se enchia de alegria. Assim nos devíamos alegrar todos os que nos sabemos filhos de Deus. Por isso acrescentava: Não brilha na tua alma o desejo de que teu Pai-Deus fique contente quando te tiver de julgar? [8]
[4]. Catecismo da Igreja Católica, n. 673.
[5]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 24-IV-2013.
[6]. Lc 24,29.
[7]. S. Josemaria, Caminho, n. 745.
[8]. S. Josemaria, Caminho, n. 746.
(D. Javier Echevarría na carta do mês de junho de 2013)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Consideremos que o encontro definitivo do Senhor com cada um está precedido pela Sua atuação constante em cada momento da vida comum. Ainda me lembro da vivacidade com que S. Josemaria Lhe pedia, para este caminhar quotidiano: mane nobíscum! [6]: fica connosco. Dizemos-Lho nós, conscientes de que temos de deixar que Ele atue na nossa vida? Exortava-nos também a estar preparados para prestar contas a Deus da nossa existência a qualquer momento. Em Caminho, escreveu: “Há de vir julgar os vivos e os mortos”, rezamos no Credo. Oxalá não percas de vista esse julgamento e essa justiça e... esse Juiz [7]. Sou testemunha de que considerava pessoalmente, em cada dia, essa possibilidade, e se enchia de alegria. Assim nos devíamos alegrar todos os que nos sabemos filhos de Deus. Por isso acrescentava: Não brilha na tua alma o desejo de que teu Pai-Deus fique contente quando te tiver de julgar? [8]
[4]. Catecismo da Igreja Católica, n. 673.
[5]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 24-IV-2013.
[6]. Lc 24,29.
[7]. S. Josemaria, Caminho, n. 745.
[8]. S. Josemaria, Caminho, n. 746.
(D. Javier Echevarría na carta do mês de junho de 2013)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
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