Jesus e a Lei
«Não
penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los
à perfeição .»
Esta afirmação “categórica” de Jesus, faz, poderíamos dizer,
todo o sentido. Ele nunca poderia revogar um Lei dada por Seu Pai,
directamente, a Moisés no monte Sinai.
Só
que, com o passar dos séculos, esta mesma Lei - que deveria ser intocável na
sua essência – foi sendo alterada pelos escribas e chefes do povo de Israel,
que foram acrescentando regras e obrigações da sua lavra, num autêntico
amontoado legislativo que constituia um pesado fardo para o povo.
Compreendemos que, este povo era rude
e iletrado e, naqueles recuados tempos, quase bárbaro, o que, de certa forma,
pode levar os chefes a “apertarem” o jugo que, na sua opinião, era fundamental
para a unidade da nação.
Ao
longo do Capítulo V do Evangelho escrito por São Mateus, Jesus Cristo vai
explicando, com meridiana clareza, o verdadeiro sentido do enunciado na Lei
Divina.
Podemos
– claramente – perceber que a Sua intenção é centrar definitivamente a Lei dada
a Moisés nos dois primeiros Mandamentos: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo.
De
certa forma, colocar a “intenção” de Deus Pai centrada no AMOR, AMOR, este que
tinha sido esquecido, posto de lado.
Por
isso mesmo acaba o Seu “discurso” com a
declaração do MANDAMENTO DO AMOR: «sede
perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste» que, na verdade quer dizer: Amai como Vosso Pai e
Eu vos amo.
Mandamento
impossível de cumprir?
Podemos pensar
que, talvez, sim… dadas as nossas limitações e fragilidades, mas, Cristo não
pode – nunca o fará – pedir algo impossível de cumprir porque sabe e conhece
muito melhor que nós, essa limitações e fragilidades, e, portanto, o que na
verdade nos diz é que nos esforcemos com ânimo e confiança em consegui-lo.
Ânimo para
perseverar, confiança n’Ele que nuncanos faltará com o que nos possa faltar.
Daí que, nos será
muito conveniente pedir com insistência humilde mas confiada:
“Senhor, ajuda-me
a ser perfeito, a ser santo, a fazer quanto posso para Te seguir e levar a cabo
os Teus desejos e Amabílissima Vontade.” (AMA, Orações pessoais)
(AMA,
2020)
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