E, no seu final, oferece aos ouvintes um resumo, quase que uma lei das leis, a "regra de ouro" da vida. Diz assim: "Portanto, tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles; porque esta é a Lei e os Profetas".
A regra de ouro já existia antes de Cristo, embora formulada de maneira negativa: "Não faças a ninguém o que não queres que te façam". Jesus supera-a com uma formulação positiva que, como é lógico, é muito mais exigente.
Na minha opinião, o que assombra pela sua grandiosidade é que se deixam de lado as comparações - quem fez o quê, quando, como, a quem -; que a pessoa já não se perde em distinções, mas compreende a missão essencial que lhe foi confiada: abrir bem os olhos, abrir o coração e encontrar as possibilidades criativas do bem. Já não se trata de perguntar o que é que eu quero, mas de transpor para os outros o meu querer. E esta entrega autêntica, com toda a sua fantasia criativa, com todas as possibilidades que abre diante de nós, está recolhida numa regra muito prática, para que não fique reduzida a um sonho idealista qualquer.
(Cardeal Joseph Ratzinger em entrevista a Jaime Antúnez Aldunate)
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