Uma proposta diária de oração pessoal e familiar.
28º Dia. Quarta-feira da oitava da Páscoa, 15 de Abril de 2020.
Meditação da Palavra de Deus (Lc 24, 13-35)
Não ardia o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho?
São Lucas conta a história de dois discípulos, Cléofas e outro que, desanimados pela morte de Jesus na Cruz, decidem regressar a Emaús, de onde provavelmente eram naturais, ou tinham a sua residência.
Quando vão a caminho da sua terra, aparece-lhes Jesus, mas não são capazes de O reconhecer. O Senhor, vendo-os tão tristes e chorosos, interroga-os sobre a razão daquele seu abatimento e ouve, dos lábios deles, o relato da sua própria paixão e morte. Depois, com infinita paciência, explica-lhes as Escrituras, para que se deem conta de que tudo o que acontecera não fora nenhuma desgraça mas, pelo contrário, o cumprimento cabal de todas as profecias messiânicas.
Porque Jesus nunca se nos impõe, ao fim do dia os dois discípulos fazem tenção de pernoitar nalguma pousada, mas o Senhor só se detém quando eles O forçam a ficar com eles. É então que, ao partir do pão, O reconhecem, mas nesse mesmo momento Jesus desaparece da sua vista. E eles, animados por aquela tão extraordinária e consoladora revelação, regressam a Jerusalém, para dar aos apóstolos conta do que lhes tinha acontecido.
Jesus podia ter abandonado à sua sorte aqueles dois discípulos tão pouco perseverantes, mas prefere caminhar com eles, ouvi-los pacientemente e explicar-lhes as Escrituras. Que exemplo para nós, sempre tão apressados quando se trata de servir o próximo! Que lição para nós, sempre tão impacientes quando não nos ouvem ou obedecem à primeira!
Jesus, que não se impõe aos dois discípulos, no entanto disponibiliza-se para ficar com eles, porque lho pedem. E eu, quando me pedem mais algum do meu tempo, alguma da minha atenção, alguma ternura minha, que faço? Faço como Jesus, ou despacho os outros como quem se desfaz de uma companhia maçadora e inconveniente?!
Se o faço, pode ser que me esteja a desfazer … de Jesus! Não é verdade que Ele quis parecer apenas mais um viajante, para que também eu O encontre em todos os transeuntes com que me cruzo todos os dias? Se O não souber encontrar neles, pode ser que nunca O encontre, porque é nos nossos irmãos que Ele quer ser por nós reconhecido e amado.
Anoitecia quando Jesus se revelou aos discípulos de Emaús, ao partir do pão, mas, não obstante a hora adiantada e a escuridão, foi naquele momento que partiram para Jerusalém. Outra luz os iluminava e aquecia: a fé em Cristo vivo; real, verdadeira e substancialmente presente na Santíssima Eucaristia!
Intenções para os mistérios gloriosos do Santo Rosário de Nossa Senhora:
1º - A Ressurreição de Nosso Senhor. O mesmo Cristo que nasceu em Belém, viveu e trabalhou em Nazaré e morreu em Jerusalém, está vivo no Sacrário. Adoremos Jesus sacramentado!
2º - A Ascensão de Jesus aos Céus. Cristo subiu aos Céus, sem nos deixar. Procuremos nós também estar sempre com Ele, sem deixarmos os nossos irmãos.
3º - A vinda do Espírito Santo. Jesus tinha prometido a vinda do Paráclito ou Defensor. Nunca consintamos na murmuração e procuremos sempre defender os ausentes.
4º - A Assunção de Nossa Senhora. Quanto mais Maria se humilhou, mais foi exaltada também. Peçamos a Nossa Senhora que nos ensine a viver a virtude da humildade.
5º - A coroação de Maria Santíssima. Nossa Senhora não teria sido coroada, senão tivesse lutado. Que Maria nos alcance a graça da vitória nas nossas lutas interiores.
Para ler, meditar e partilhar! Obrigado e até amanhã, se Deus quiser!
Com amizade,
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Sem comentários:
Enviar um comentário