De acordo com a heresia Pelagiana – desenvolvida durante o século V em volta do pensamento de Pelágio -, o homem, para cumprir os mandamentos de Deus e ser salvo, precisa da graça apenas como um auxílio externo à sua liberdade (como luz, exemplo, força), mas não como uma sanação e regeneração radical da liberdade, sem mérito prévio, para que possa realizar o bem e alcançar a vida eterna.
Mais complexo é o movimento gnóstico, surgido nos séculos I e II, que se manifestou de formas muito diferentes. Em geral, os gnósticos acreditavam que a salvação é obtida através de um conhecimento esotérico ou “gnose”. Esta gnose revela ao gnóstico a sua essência verdadeira, isto é, uma centelha do Espírito divino que habita na sua interioridade, que deve ser libertada do corpo, estranho à sua verdadeira humanidade. Somente assim o gnóstico regressa ao seu ser originário em Deus, de quem se afastou pela queda original.
Fonte: Carta ‘Placuit Deo'
(Imagens seleção 'Spe Deus')
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