O direito à eutanásia significa um novo passo para erradicar os fundamentos cristãos da sociedade. Mas, como não se apresentam outros fundamentos antropológicos e morais que os substituam, significa a própria eutanásia da sociedade ocidental. A liberdade sem peias é um caos; não um novo sistema de valores. Não pode traduzir-se, portanto, em sistema jurídico-político coerente.
O individualismo, como o nome diz, é contrário à sociedade. E, se prevalece, é apenas em agonia. Ou então, porque ainda se agarra a valores cristãos desirmanados, tal como os conceitos apodrecidos de família, respeito mútuo, dignidade, responsabilidades colectivas, etc., como quem se agarra a destroços num tsunami. Mas, de facto, não oferece nada de positivo, lógico, sólido, a alcançar.
Perante o triste espectáculo do individualismo ocidental, cada país procura recuperar os seus valores primitivos, muitos deles, efectivamente primitivos e tribais.
Valha-nos Deus, também através dos extraordinários meios de intercomunicação imediata, que, para o bem e para o mal, estão fazendo deste mundo um mundo só. Mas, entretanto, não nos matemos. Lembrem-se os eutanasistas de que nunca mais se livrarão desse peso de consciência, embora tudo tenha perdão.
Hugo de Azevedo na sua página do Facebook
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