Quantas graças a Deus dava o nosso Padre, insisto, por esta luz divina que se acendeu com a presença das mulheres no Opus Dei! Como explicou noutras alturas, realmente, sem essa vontade expressa do Senhor (...), a Obra teria ficado manca[2].
Na sua carta apostólica sobre a dignidade da mulher, S. João Paulo II detinha-se a considerar o sublime momento da Anunciação. «Ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Deus o Seu Filho, nascido de uma mulher». Com estas palavras da Carta aos Gálatas (4, 4), o Apóstolo Paulo une entre si os momentos principais que determinam essencialmente o cumprimento do mistério preestabelecido em Deus (cfr. Ef 1, 9). O Filho, Verbo consubstancial ao Pai, nasce como homem, de uma mulher, quando chega a plenitude dos tempos. Este acontecimento conduz ao ponto-chave da História do homem sobre a Terra, entendida como História da Salvação. É significativo que o Apóstolo não chame a Mãe de Cristo com o nome próprio de "Maria", mas a defina como "mulher": isto estabelece uma concordância com as palavras do Proto-Evangelho no Livro do Génesis (cfr. 3, 15). Precisamente aquela "mulher" está presente no evento salvífico central, que decide a plenitude dos tempos e que se realiza nela e por meio dela (…). Assim, a plenitude dos tempos manifesta a extraordinária dignidade da "mulher"» [3].
Minhas filhas, estas reflexões não são amabilidades, mas um profundo convite a considerar a vossa importância na Igreja e, ao mesmo tempo, um estímulo para que cuideis a vossa fidelidade quotidiana.
[1]. S. Josemaria, Carta 29-VII-1965, n. 2.
[1]. S. Josemaria, Carta 29-VII-1965, n. 2.
[2]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, ano de 1955.
[3]. S. João Paulo II, Carta Apostólica Mulieris dignitatem, 15-VIII-1988.
[3]. S. João Paulo II, Carta Apostólica Mulieris dignitatem, 15-VIII-1988.
(D. Javier Echevarría na carta do mês de fevereiro de 2015)
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