Nascemos para amar e ser amados. A
amizade que temos com as outras pessoas é uma manifestação disso. Não é a
única, mas é fundamental na vida de todos nós.
A amizade é uma relação terna e
livre, recíproca e exigente, desinteressada e benéfica. Nasce de uma inclinação
natural, mas alimenta-se do saber conviver compartilhando.
Se uma pessoa não sabe conviver ou
não sabe compartilhar, nunca terá amigos. Pode ter colegas no seu local de
trabalho, mas não tem amigos.
Só aqueles que nada possuem – no seu
interior, na sua alma – não podem compartilhar nada. São os superficiais. Acham
que possuir bens materiais torna os possíveis amigos desnecessários. Olham para
a amizade com um profundo sentido utilitarista – coisa que, por definição,
destrói a própria amizade.
Como diz F. Mendiola, fatores como
saber ouvir, esquecer-se de si mesmo e ser humilde são muitíssimo mais
importantes para termos amigos do que sermos uma pessoa divertida que, com
facilidade, “arranca” gargalhadas à sua volta.
Também é de especial valor para a
amizade sabermos inspirar confiança. A falta de confiança é uma explosão
garantida que faz desmoronar o edifício da amizade.
Qual o exemplo máximo da amizade?
Talvez seja aquele que aparece nos
Evangelhos: «Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus
amigos» (Jo 15, 13).
Em geral, nota-se como a amizade
tende a expandir-se quando se compartilha a mensagem cristã. Talvez porque não
exista um tesouro mais valioso que se possa compartilhar nesta vida.
Neste mundo actual onde a solidão
está tão presente, é bom voltarmos a meditar com calma no grande bem
insubstituível que é a amizade.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Sem comentários:
Enviar um comentário