Na sua recente exortação apostólica “A alegria do Amor” o Papa Francisco dá vários conselhos muito úteis e concretos para aqueles que se vão casar. Sem querer elencar todos eles — recomendo a leitura serena do documento — aqui ficam dois muito concretos e a sugestão de um livro.
“Não pôr no centro das preocupações do casamento os convites para a cerimónia, os vestidos e o assim chamado copo de água”. Francisco pede aos noivos que tenham a coragem de não se centrarem em pormenores que consomem dinheiro e energias fazendo esquecer o essencial: a preparação espiritual para tão grande acontecimento.
Se os noivos se centram no que é secundário, acabam por chegar esgotados ao dia do casamento. Francisco sugere empregar as melhores energias para pôr os alicerces do “edifício matrimonial”: o amor mútuo, a generosidade, a capacidade de perdoar e pedir perdão. E também a certeza de que não estão nunca sozinhos: a graça de Deus não há-de faltar para superar as dificuldades que surgirão.
Outro conselho concreto: optar, de verdade, por uma cerimónia simples. “Tende a valentia de ser diferentes. Não vos deixeis devorar pela sociedade do consumo e das aparências”. Ao optar por um festejo não ostensivo, os noivos estão a colocar por cima de tudo aquilo que verdadeiramente é importante: o compromisso matrimonial, que procede de uma liberdade madura e responsável.
Um livro a ler — ou reler — com calma: o de Tobias. Nesse escrito do Antigo Testamento, fica patente que o modo como o povo escolhido entendia o casamento era totalmente diferente dos povos pagãos. Hoje em dia, acontece algo similar. Mesmo que pareça que a cerimónia exterior é “parecida”, um cristão consciente da sua vocação matrimonial não se prepara para o casamento do mesmo modo que um gentio.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
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