Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Presença do Senhor da história

"Ao oferecer-te aquela História de Jesus, pus como dedicatória: «Que procures a Cristo. Que encontres a Cristo. Que ames a Cristo». São três etapas claríssimas. Tentaste, pelo menos, viver a primeira?" (Caminho, 382)

A história humana é e será sempre uma história de salvação e é isto o que a Igreja celebra no ano litúrgico. As festas e tempos não são aniversários, uma mera repetição de alguns momentos históricos da vida do Senhor; são a celebração da sua presença, a actualização da salvação que o Padre, por Jesus Cristo, nos comunica no Espírito Santo.

A Constituição sobre a Sagrada Liturgia do Concílio Vaticano II apresenta o ano litúrgico com estas palavras: «A santa mãe Igreja considera seu dever celebrar, em determinados dias do ano, a memória sagrada da obra de salvação do seu divino Esposo» (Sacrosanctum Concilium, 102). Cada ano litúrgico é, pois, uma nova oportunidade de graça e de presença do Senhor da história na nossa própria história quotidiana, nos acontecimentos - também nos mais insignificantes - de cada dia.

Aquele que é o mesmo, que era e que será, vem a nós no tempo, aqui e agora, para viver o presente, o de cada um, com os seus irmãos os homens.
O ano litúrgico está impregnado pela presença de salvação do Senhor para que em cada tempo litúrgico -com as suas características concretas- os cristãos possamos ser mais semelhantes a Ele, não só no sentido moral de imitação, de mudança de costumes e de melhoramento na conduta, mas de verdadeira identificação sacramental - imediata - com a vida de Cristo. Assim, a nossa vida diária converte-se num culto agradável ao Pai por acção do Espírito (cfr. Rm 12, 1-2).

Já a partir dos primeiros séculos, à celebração dos mistérios de Cristo, a Igreja uniu a celebração da Virgem e do dia da passagem para casa do Pai dos mártires e dos santos. Com a sua vida, souberam dar testemunho da vida de Cristo, especialmente da Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão gloriosa ao Céu. Por isso ao longo do ano litúrgico são apresentados aos fiéis cristãos como exemplo de amor a Deus.

«Frequentemente, o Senhor fala-nos do prémio que nos ganhou com a sua Morte e Ressurreição. Vou preparar um lugar para vós. Depois que Eu tiver ido e vos tiver preparado um lugar, virei novamente e tomar-vos-ei comigo para que, onde eu estou, estejais vós também (Cfr. Jo XIV, 2-3). O Céu é a meta do nosso caminho terreno. Jesus Cristo precedeu-nos e ali, na companhia da Virgem e de S. José -a quem tanto venero- dos Anjos e dos Santos, aguarda a nossa chegada.» (Amigos de Deus, 220).

São Josemaria Escrivá

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