Bem presente temos a alegria do meu queridíssimo predecessor, em 1992, pela beatificação de S. Josemaria. Escrevia-nos então: «Tão íntima e profunda era essa alegria, fruto do Espírito Santo (cfr. Gl 5, 22), que parecia estarmos imersos num mar de contentamento, sinal claro da presença de Deus nas nossas almas» [3]. O mesmo nos acontece agora a todas e a todos. E peço ao Senhor, como D. Álvaro naquela ocasião, que contagie esse júbilo às centenas de milhares de pessoas que viram, em todo o mundo, a cerimónia da beatificação, assim como aos que participarem nas Missas de ação de graças em tantos sítios. Como reconhecimento da santidade do nosso Padre, também agora imploramos ao Senhor que estes dias deixem gravada em todos uma marca indelével. Que a chuva de graças destes dias nos anime a todos «a rezar, a frequentar os sacramentos, a melhorar no seu ambiente familiar ou de trabalho, em última análise, a aproximar-se um pouco mais de Deus» [4].
S. Josemaria afirmava com segurança que a alegria é um bem cristão, que possuímos enquanto lutarmos, porque é consequência da paz [5]. Por isso, um propósito bem concreto de tudo o que vivemos traduz-se em lutar com espírito desportivo para estar em cada instante mais perto de Deus: no trabalho e no descanso, com a família e na vida social, nos acontecimentos pequenos ou grandes de cada dia…, elevemos o olhar ao nosso Pai Deus suplicando-Lhe que nos decidamos a aproveitar o exemplo do Bem-Aventurado Álvaro, amando os ensinamentos de S. Josemaria. Assim estaremos sempre serenos, contentes, e semearemos à nossa volta ogáudium cum pace, a alegria e a paz dos que caminham com Jesus Cristo.
[3]. Bem-Aventurado Álvaro, Carta, 1-XII-1992 (“Cartas de família”, III, n. 226).
[4]. Ibid.
[5]. S. Josemaria, Forja, n. 105.
D. Javier Echevarría na carta do mês de outubro de 2014
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
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