«Esta obra de Cristo é sempre silenciosa, não é espetacular. Precisamente na humildade de ser Igreja, de viver cada dia o Evangelho, cresce a frondosa árvore da verdadeira vida. Precisamente com estes humildes inícios o Senhor nos encoraja porque, também na humildade da Igreja de hoje, na pobreza da nossa vida cristã, podemos ver a Sua presença e ter assim a coragem de ir ao Seu encontro e de tornar presente nesta Terra o Seu Amor, esta força de paz e de verdadeira vida» [7]. Mesmo que não faltem acontecimentos na história que possam sugerir o contrário, essa permissão do Céu é o modo de atuar de Deus, que quer realizar o Seu desígnio salvador «no respeito pela nossa liberdade, porque o amor não pode, por natureza, ser imposto. Então a Igreja é, em Cristo, o espaço de acolhimento e de mediação do amor de Deus. Nesta perspetiva, manifesta-se claramente como a santidade e a missionariedade da Igreja constituem duas faces da mesma moeda: só enquanto santa, ou seja, repleta do amor divino, a Igreja pode cumprir a sua missão, e é precisamente em função de tal tarefa que Deus a escolheu e santificou como Sua propriedade pessoal» [8].
Jesus Cristo é o Rei do universo, pela Sua Incarnação e o Seu triunfo na Cruz [9]. E o Prefácio da solenidade oferece-nos algumas características desse reino: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz [10]. Descubramos nestas expressões as várias manifestações do triunfo de Cristo quando as almas se mostram dóceis à ação do Espírito Santo, expressões que nos ajudarão a preparar-nos para a grande festa em que renovamos a Consagração do Opus Dei ao Coração santíssimo e misericordioso de Jesus.
[7]. Bento XVI, Homilia 15-VI-2008. Ibid.
[8]. Ibid.
[9]. Cfr. Pio XI, Encíclica Quas primas, 11-XII-1925.
[10]. Missal Romano, Solenidade de Cristo-Rei, Prefácio.
D. Javier Echevarría na carta do mês de novembro de 2014
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
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