Uma pergunta fundamental que não podemos deixar de nos fazer quando chegamos à encantadora idade da juventude: «Que faz com que a minha vida seja valiosa e valha a pena vivê-la, apesar de todas as dificuldades?».
No momento actual, parece que a “resposta do ambiente” é mais ou menos a seguinte: «O que faz com que a tua vida seja valiosa é a opinião que os outros têm de ti e o êxito que consegues alcançar com as tuas forças».
Esta resposta é falsa, superficial e muitíssimo perigosa. Pode ter consequências nefastas na vida de um jovem.
A experiência do fracasso e a consciência da própria incapacidade (relacionada muitas vezes com a grande competitividade no mundo actual) levam muitos jovens à tristeza, ao desânimo e à desesperança.
Fenómenos que até há uns anos atrás conseguiam resolver-se sem demasiados dramatismos (aprendia-se que o fracasso faz parte da vida, que somos limitados e que necessitamos dos outros) hoje são causa de uma tristeza de fundo.
Como curar essa falta de esperança que experimentam muito jovens?
Não existem respostas fáceis. No entanto, convém recordar aos jovens que só podemos pôr duas pessoas em primeiro lugar na nossa vida: ou pomos Deus ou pomo-nos a nós mesmos. Não cabe mais ninguém.
Por isso, só centrando a vida em Deus e, por Ele, nos outros, conseguimos crescer na virtude da esperança, porque percebemos o sentido da nossa vida.
Nos tempos modernos, a esperança cristã recebeu um nome novo: agora chama-se “fé no progresso”. No entanto, como a história não se cansa de nos recordar, não é possível tornar felizes os jovens somente criando condições económicas favoráveis.
Para viver de esperança e superar as dificuldades, o jovem necessita de um sentido para a sua vida. Senão, mais cedo ou mais tarde, diante dos inevitáveis fracassos, a sua aparente felicidade acaba por desmoronar.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
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