Uma das grandes deficiências da sociedade atual manifesta-se na dificuldade em perdoar. Pessoas singulares e nações inteiras revolvem uma vez e outra sobre as ofensas recebidas, chapinham nessas memórias como num charco repleto de lixo, e não querem esforçar-se por esquecer e perdoar. Outra é — e muito clara — a mensagem de Nosso Senhor, que resume a história da misericórdia divina com a humanidade nestas palavras: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia [9].
Temos bem gravadas muitas cenas do Evangelho em que esta atitude de Jesus se manifesta: o Seu perdão à mulher pecadora em casa de Simão o fariseu, a parábola do filho pródigo ou a da ovelha perdida, a Sua clemência com a mulher adúltera... É o caminho que nós, os cristãos, temos de percorrer para nos parecermos com o Mestre. Esse caminho resume-se numa única palavra: amar. Amar é ter o coração grande, sentir as preocupações dos que estão à nossa volta, saber perdoar e compreender: sacrificar-se, com Jesus Cristo, por todas as almas. Se amamos com o coração de Cristo, aprenderemos a servir, e defenderemos a verdade claramente e com amor [10].
[9]. Mt 5, 7.
[10]. S. Josemaria, Cristo que passa, n. 158.
[10]. S. Josemaria, Cristo que passa, n. 158.
(D. Javier Echevarría excerto da carta do mês de abril de 2016)
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