Neste ano mariano (2015), rezemos especialmente por esta intenção. Talvez possamos usar alguma jaculatória que nos ajude a lembrar-nos dela. O nosso Padre rezava com frequência: Jesus, Maria e José, que esteja sempre com os Três. Nós insistiremos em pedir que todas as famílias do mundo estejam sempre bem abrigadas pela Sagrada Família de Nazaré.
Ao mesmo tempo que elevamos ao Céu esta oração, incluamos também os governantes e aqueles que dirigem as instituições internacionais, os que têm a responsabilidade de velar pela integridade desta célula fundamental da sociedade. Peçamos a Deus que se garanta a unidade e indissolubilidade do matrimónio e a sua abertura à vida, o direito dos pais a educarem os seus filhos de acordo com a sua fé, de modo que as leis civis não só não dificultem o desenvolvimento harmonioso da família, mas que facilitem o cumprimento dos objetivos que Deus estabeleceu ao criá-la.
É necessário um esforço decidido na nova evangelização da sociedade, começando por cada lar. Cada família cristã – como Maria e José – pode primeiro acolher Jesus, ouvi-Lo, falar com Ele, conservá-Lo, protegê-Lo e crescer com Ele, e assim melhorar o mundo [13]. É preciso cultivar na própria casa as virtudes que a liturgia nos recorda numa das leituras da festa da Sagrada Família. Portanto, como escolhidos de Deus, santos e amados, revesti-vos de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência. Apoiai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se alguém tiver queixas contra outros. Cada um perdoe ao outro, como o Senhor vos perdoou a vós. E acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. Que a paz de Cristo reine nos vossos corações [14].
Estas recomendações comprometem todos os membros: pais, filhos, irmãos e outros familiares. E embora o termo "família" se use mais especificamente para designar o ambiente onde uma pessoa nasce e cresce, também sabemos que a Igreja é a família de Deus na Terra. E é também família esta porção viva da Igreja que é o Opus Dei. S. Josemaria salientava que podem pertencer à Obra, de uma forma ou de outra, uma imensa variedade de pessoas, com as suas maneiras de ser e as suas características muito pessoais. Não digo isto por dizer, comentava em certa ocasião, quando digo que a Obra é uma família divina e humana, em que acontece o mesmo que nas famílias que o Senhor abençoou com abundância, que têm muitos filhos: uns são mais altos, outros mais baixos, uns mais morenos, outros mais louros (…). E além disso, temos ao nosso lado esses parentes que tanto estimamos: os Cooperadores (…). E ainda tantos amigos e tantos colegas que, de alguma forma, participam da nossa família [15].
[13]. Papa Francisco, Discurso na Audiência geral, 17-XII-2014.
[14]. Cl 3, 12-15.
[15]. S. Josemaria, Notas de uma meditação, 5-III-1963.
(D. Javier Echevarría na carta do mês de janeiro de 2015)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
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