Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Olá!

Duas ou três letras, uma palavra... quantas coisas se evocam numa saudação!
À saída da ponte Milvio, onde arrancam a via Cassia e a via Flaminia, duas «auto-estradas» da época romana que saem de Roma para Norte, levanta-se uma inscrição monumental, inspirada na saudação que as legiões que desciam da Gália dirigiam às que saíam de Roma a caminho do campo de batalha: «Victores – victuri», os «victores» (os vencedores, os que vêm de vencer) aos «victuri» (os que vão vencer). Como o complemento indirecto não está explícito, a saudação também se pode ler no sentido de «os vencedores hão-de [continuar a] vencer». Como é fácil comemorar louros de vitória!

Os peregrinos de Santiago trocavam uma saudação mais profunda: «Ultreia»!, «Suseia!». A exclamação «ultreia», composta de «ultra-eia!», era um incitamento a continuar adiante. A resposta «suseia», de «sus-eia!», era o estímulo para continuar a subir: «para cima! ânimo!». Ambas as expressões davam um alcance espiritual à peregrinação, porque aquele caminho significava progredir na vida espiritual, crescer no amor de Deus, subir. A letra de um cantar medieval dizia «Ultreia et suseia, Deus adiuva nos!»: eia, além e para cima, que Deus ajuda.

Os Cursilhos de Cristandade recuperaram a palavra «ultreia» e tornaram-na conhecida.

Os judeus saúdam-se com a palavra «shalom!», paz. Quanta falta faz! Os árabes, cuja língua é muito próxima, também se cumprimentam assim. Quanta falta faz!

Outra saudação curiosa é a expressão «escravo», que soa «tchau!» no dialecto veneziano e os italianos escrevem «ciao». Esta saudação tinha o seu quê de humorístico e podia significar «sou um escravo, às ordens», ou uma provocação brincalhona. Os italianos acharam-lhe piada e o «ciao!» espalhou-se pelo mundo, sem que ninguém se lembre da origem etimológica.

Decorreram, no passado dia 3 de Dezembro (2017), os 25 anos da primeira SMS. A mensagem, enviada a 3 de Dezembro de 1992 pelo Eng. Neil Papworth, no Reino Unido, para o seu colega Richard Jarvis, dizia: «Merry Christmas» (Feliz Natal).

Talvez venha a propósito eu aproveitar a deixa e saudar os leitores: Feliz Natal!
José Maria C.S. André
17-XII-2017
Spe Deus

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