Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 9 de julho de 2017

Relativismo, anarquia e totalitarismo

A ciência codificou uma nova percepção da realidade: só se considera objetivamente fundamentado o que pode ser demonstrado como num laboratório. Quanto ao resto - Deus, a moral, a vida eterna -, foi transferido para o reino da subjetividade. Além disso, pensar que possa existir uma verdade acessível a todos no âmbito religioso implicaria uma certa intolerância. O relativismo converte-se assim na virtude da democracia.

É precisamente o contexto cultural que acabamos de descrever que representa a nossa maior dificuldade à hora de anunciar o Evangelho. Mas os limites do subjetivismo estão à vista: aceitar incondicionalmente o relativismo, tanto no âmbito da religião como no que diz respeito às questões morais, conduz à destruição da sociedade. O aumento progressivo do racionalismo leva à destruição da própria razão, instaurando-se a anarquia, pois na medida em que cada indivíduo se converte numa ilha de incomunicabilidade, as regras fundamentais da convivência desaparecem. Se compete às maiorias definir as regras morais, uma maioria poderá impor amanhã regras contrárias às de ontem. Já vivemos a experiência do totalitarismo, em que é o poder público que fixa autoritariamente as regras morais. Desta forma, o relativismo total desemboca na anarquia ou no totalitarismo.

(Cardeal Joseph Ratzinger in ‘L’abolition de l’homme’, entrevista ao Le Figaro em 17.11.2001)

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