Hoje também a
Igreja e os sucessores dos Apóstolos recebem a ordem de partir para o mar
profundo da história e lançar redes, para conquistar homens e mulheres para o
Evangelho - para Deus, para Cristo, para a vida verdadeira [...]. Vivemos em
alienação, nas águas salgadas do sofrimento e da morte; no mar das trevas sem
luz. A rede do Evangelho retira-nos das águas da morte e nos traz para o
esplendor da luz de Deus, para a vida verdadeira. E é realmente verdade: conforme
seguimos Cristo nesta missão de sermos pescadores de homens, temos de trazer
homens e mulheres para fora do mar, que é salobro com tantas formas de alienação,
e para a terra da vida, para a luz de Deus. E é realmente verdade: o propósito de
nossas vidas é revelar Deus aos homens. E apenas quando se vê Deus a vida realmente
começa. Apenas quando encontramos o Deus vivo em Cristo sabemos o que a vida é.
Não somos um produto sem sentido do acaso da evolução. Cada um de nós é resultado
de um pensamento de Deus. Cada um de nós é desejado, cada um de nós é amado,
cada um de nós é necessário. Nada é mais belo que ser surpreendido pelo Evangelho,
pelo encontro com Cristo. Nada é mais belo que conhecê-lo e falar aos outros da
nossa amizade com Ele. A tarefa do pastor, a tarefa do pescador de homens, pode
muitas vezes parecer cansativa. Mas é bela e maravilhosa, porque é verdadeiramente
um serviço para a alegria, para a alegria que Deus deseja espalhar pelo mundo.
(Cardeal
Joseph Ratzinger in homilia da Missa Pro
Eligendo Pontífice, Vaticano, 18.04.2005)
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