jesus é pregado na cruz
Nós Vos adoramos e bendizemos oh Jesus!
Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Finalmente chegou o momento para o qual nasceste em Belém, naquela gruta.
O meu Senhor, é estendido sobre o madeiro que transportou sobre os ombros em chaga.
As pancadas do martelo soam, cavas e terríveis, no coração de quantos as ouvem, diariamente, desde há dois mil anos.
Debruçam-se curiosos, alguns dos que, desde a casa de Pilatos, Te seguiram pela Via Dolorosa.
Esperam em vão um queixume, um gesto de revolta, ou talvez, uma súbita reacção do homem que ainda há poucos dias, sabiam-no, imperava aos ventos e às tempestades ou alimentava multidões com uns poucos de pães e alguns peixes.
O Senhor, abre gentilmente os braços ao madeiro que O espera.
Todo o Seu corpo estremece quando os grossos pregos Lhe trespassam a carne, mas, da Sua boca, não sai um lamento.
E o meu Senhor ali fica; todo o Seu Corpo distendido, preso pelos cravos dos pulsos e dos pés, de braços abertos entre o Céu e a Terra.
Todos têm de O ver, de todos atrai o olhar.[1]
Aos Seus pés, Sua Mãe, esmagada pela dor; João o discípulo amado, as amigas de sempre: Marta, Madalena, Maria, olham sem acreditar, por entre as lágrimas, o seu doce Rabi, exangue e morrendo.
Oh Senhor!
Como é possível que tal aconteça?
Quem pôde fazer tal coisa?
Os meus pecados, as minhas faltas levaram-te até aí, a esse lugar onde agora estás, a esse madeiro pregado.
Não mais, Senhor, não mais voltarei a ofender-te não mais Te farei reviver tal imolação.
Com o coração a sangrar de dor e profundamente agradecido aceito o Teu sublime sacrifício, beijo os Teus pés chagados e abraço-me a essa Cruz onde me redimes e me salvas.
PN, AVM, GLP.
Senhor: Tem piedade de nós
[1] Cfr. Jo 12,32, Et ego, si exaltatus fuero a terra, omnia traham ad meipsum
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