Sigo caminho pelo deserto da Quaresma.
Sempre ao encontro de Cristo em mim, para que o Espírito Santo me vá mostrando caminho no amor do Pai.
Na pedra em que sento está escrito: Preguiça!
Diz-me o “outro” que esta pedra é que não tem mesmo nada a ver comigo, querendo convencer-me de que eu sou muito activo, faço muitas coisas na Igreja, etc.
Não o ouço, porque já sei que me quer enganar.
E penso na preguiça.
Sim é verdade que faço muitas coisas na Igreja, mas reconheço que às vezes me deixo levar por essa preguiça, que me afasta de “coisas” bem mais importantes do que toda essa minha actividade.
Vivendo eu a 20 metros da igreja, quantas vezes deixo que a preguiça me agarre ao sofá e me leve a não participar da/na Eucaristia diária?
E não é na Eucaristia que eu devo encontrar forças, sobretudo luz divina, para todas as outras coisas que faço?
E a oração? Quantas vezes é rápida e rotineira, apenas pela preguiça de a fazer mais consciente, mais íntima, mais conversa com Deus e menos “despachar obrigação”?
Tanta coisa a mudar!
Ah, Senhor, obrigado por me teres feito sentar nesta pedra da preguiça, da qual me queres levantar para prosseguir caminho.
Ajuda-me a perceber e a viver sempre com tudo centrado em Ti, lutando contra a inércia e procurando-Te em tudo, pois essa é a Tua única vontade.
Monte Real, 9 de Março de 2017
Joaquim Mexia Alves
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