E a viagem continua pelo deserto da Quaresma.
Sempre ao encontro de Cristo em mim, para que o Espírito Santo me vá mostrando caminho no amor do Pai.
Na pedra em que sento está escrito: Tristeza!
Nesta então, diz-me o “outro”, é que não te deves sentar.
Tu és sempre tão alegre, tão bem disposto!
Desta vez enfrento-o e digo-lhe com toda a convicção: Não me queiras enganar! Há momentos de tristeza, com certeza, e esses momentos devem ser vividos com a tristeza a eles inerente, mas sem nunca esquecer a esperança que reside nAquele que tudo é e tudo pode.
És tu, enganador, que quando peco, que quando repito os meus “pecados de estimação”, me vens colocar essa tristeza de me considerar fraco e sem forças para vencer, para me vencer.
E essa tristeza que por vezes permito que instiles em mim, é que me afasta dEle, porque pretende “bloquear” a confiança inabalável que devo ter no Seu amor e no Seu perdão.
Vai-te, que a minha alegria vem de Deus!
Ah, Senhor, obrigado por me teres feito sentar nesta pedra da tristeza, da qual me queres levantar para prosseguir caminho.
Ajuda-me a perceber e a viver sempre na Tua alegria, a alegria do amor, a alegria da confiança, a alegria do perdão, a alegria de saber que a minha salvação, é a Tua única vontade.
Monte Real, 7 de Março de 2017
Joaquim Mexia Alves
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