Retomo a viagem pelo deserto da Quaresma.
Sempre ao encontro de Cristo em mim, para que o Espírito Santo me vá mostrando caminho no amor do Pai.
Desta vez, na pedra em que sento está escrito: Crítica!
Diz-me o “outro” com voz mansa, para eu não perder tempo com esta pedra, porque a minha crítica, se a faço, (diz “ele” perversamente), é construtiva e para fazer o bem.
Graças a Deus que me julgo pecador e como tal não me deixo “embalar no canto da sereia”.
E, em vez disso, reconheço que faço muitas criticas, não só interiores, mas também da “boca para fora”, e muitas delas, (a maioria talvez), não constroem nada, não ajudam ninguém, mas são por vezes apenas para tentar “mostrar” as “minhas virtudes” em relação ao outro, pobre de mim.
«Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás melhor para tirar o argueiro da vista do teu irmão.» Mt 7, 5
Olho para dentro de mim, e peço ao Espírito Santo que me ajude, me ilumine, que cale a crítica em mim, e sobretudo que me faça olhar o outro sempre com os olhos de Jesus.
Ah, Senhor, obrigado por me teres feito sentar nesta pedra da crítica, da qual me queres levantar para prosseguir caminho.
Ajuda-me a perceber e a viver que, ver os outros com os Teus olhos, sempre, é a Tua única vontade.
Monte Real, 6 de Março de 2017
Joaquim Mexia Alves
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